domingo, 1 de julho de 2012

História da TV Brasileira - 1962

Em 10 de Julho, a NASA lança o TELSTAR, satélite de comunicação comercial.
É alcançada a marca de um milhão de aparelhos de televisão.
A partir deste ano é que o VT (videoteipe) passa a ser utilizado regularmente, melhorando o acabamento dos programas e possibilitando levar os programas quase que simultaneamente para outros lugares (usando carro, avião), sem a necessidade de instalação de transmissores, que eram mais caros. Vários capítulos das telenovelas podem ser gravados com antecedência, com menos erros de texto, mais bem acabados, barateando o custo de montagem de cenário e tornando-a diária. Anteriormente, as telenovelas eram exibidas 2 vezes por semana.
A televisão já absorve 24% dos investimentos publicitários do país.
Distribuição percentual da Verba de mídia por veículo
Televisão
Jornal
Revista
Rádio
Outros
24.7
8.1
27.1
23.6
6.5
 
No período Goulart, em 27 de Agosto, é instituído o "Código Brasileiro de Telecomunicações", autorizando o governo federal a constituir uma empresa pública, Empresa Brasileira de Telecomunicações (EMBRATEL), pois, além de amenizar as sanções, dava maiores garantias às concessionárias. O Código inova na conceituação jurídica das concessões de rádio e televisão, mas peca em continuar atribuindo ao executivo poderes de julgar e decidir, unilateralmente, na aplicação de sanções ou de renovação de concessões.
É também criado o CONTEL (Conselho Nacional de Telecomunicações).
É criada a ABERT, Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão, cujo primeiro presidente é o deputado João Calmon que consegue a mudança de prazo de concessão. Anteriormente era de 3 anos e a partir deste ano o prazo de duração das concessões passa a ser de 15 anos.
O então presidente Jânio Quadros torna obrigatório a dublagem dos filmes estrangeiros exibidos na televisão.
É decretada a obrigatoriedade de transmissão de 25 minutos de filmes brasileiros por dia.
Roberto Marinho, dono do Jornal "O Globo", ganha as concessões dos canais de TV no Rio de Janeiro e em Brasília.
Em 24 de Julho, Roberto Marinho assina contrato com o grupo americano Time Life de 5 milhões de dólares juntamente com pessoal especializado e equipamentos sofisticados para criar a TV Globo. Acordo este proibido pela Constituição Federal do Brasil.
 
TV TUPI
Assis Chateaubriand, preso em uma cadeira de rodas devido a uma dupla trombose cerebral, completa a doação dos 51% restantes aos mesmos colaboradores, com exceção de seu filho Gilberto que é substituído por Paulo Cabral de Araújo.
 
TV PAULISTA
Apresenta "Móbile", programa criado por Fernando Faro (entrevistado na série depoimentos) que desenvolve pesquisa de linguagem, improvisando e dando espontaneidade devido a descontinuidade das imagens convencionais. É um programa sem contornos definidos, sem forma acabada, um móbile que se modifica, sem roteiro pré-determinado. Aparecem no programa a bailarina Márika Gidali, o cantor Chico Buarque, filmes experimentais canadenses, promovem-se jogos etc. Sua proposta é inovadora.
"Programa Silvio Santos" tem Luciano Callegari como chefe de equipe de produção. Quadros do programa:
  • "Cuidado com a Buzina", quadro com calouros;
  • "Só Compra Quem Tem";
  • "Pergunte e Dance";
  • "Partida de 100";
  • "Rainha por um Dia".
TV RIO
Apresenta em sua programação:
  • "Teatro Moinho de Ouro", produção de Vítor Berbara;
  • "Praça da Alegria" da TV Paulista com Manuel de Nóbrega;
  • "Preto no Branco" com a voz de Sargentelli;
  • "Show Doçura com Moacyr Franco";
  • "O Riso é o Limite", programa humorístico, líder de audiência;
  • "Discoteca do Chacrinha".
TV EXCELSIOR
Adquire modernos equipamentos, contrata os melhores profissionais da televisão brasileira, como Carlos Manga, e constrói um grande estúdio no bairro da Vila Guilherme, em São Paulo, especializando-se na linha de dramaturgia.
 
TV CULTURA de São Paulo
TV Cultura de São Paulo e TV Continental do Rio lançam, simultaneamente, aulas básicas do Curso de Madureza.
Sai do ar devido a um Incêndio.
 
TV GAÚCHA
É inaugurada em Porto Alegre, o embrião da futura RBS - Rede Brasil Sul de Comunicações.

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