A falta de acostamento no trecho urbano de Santo Amaro da Imperatriz dificulta o fluxo de carros. Basta um acidente e tudo para
Domingo passado (dia 24/06) quando o motorista de uma Saveiro não deixou a distância de segurança e acertou o carro a sua frente. Quase sem danos materiais, colocou o triângulo para sinalizar que havia ocorrido um acidente e se pôs a discutir com o motorista do veículo atingido. Só não colocou o carro no acostamento porque não tem. O local do acidente é na saída de Santo Amaro, perto da divisa com Palhoça, onde as proteções de metal ficam junto da pista.
Para quem viajava para Oeste, a passagem estava livre, mas quem ia em direção a Florianópolis precisava fazer um pequeno desvio na contramão. Até para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi difícil chegar no local do acidente.
Não foi somente o motorista da Saveiro que se estressou. Outras centenas de condutores que ficaram presos em uma fila (que iria até o distrito de Varginha, quase em Águas Mornas) também sofreram as consequências. Entre a BR-101 e Santo Amaro, as condições também não eram das melhores. Resultado: quase três municípios parados na BR-282. São mais de 10km de filas e quase nenhum fluxo para quem quer chegar ao litoral.
Perto da localidade de Varginha, quase na divisa entre Águas Mornas e Santo Amaro da Imperatriz, os motoristas que iam em direção a Florianópolis perguntavam para a reportagem do Correio Lageano o motivo das filas. Quando informados que era um acidente, a principal reação era de achar que tinha sido “feia” a batida, por conta das filas. Depois de ficar sabendo que era acidente pequeno, a pergunta é se era na parte urbana de Santo Amaro.
No local do acidente, a média mensal de batidas (quase todas sem vítimas) entre carros, é de 3,9. Ou praticamente um por semana.
Protesto e promessas
A comunidade de Pagará, em Santo Amaro da Imperatriz, fez um protesto pela construção de um trevo no entroncamento com a BR-282. São cerca de 2 mil pessoas que moram na margem norte da rodovia e precisam cruzá-la para ir ao centro da cidade.
Segundo o empresário Luiz Ortiz, a reclamação não é recente. “Já fazem uns dez anos que estamos pedindo um trevo”.
Desta vez os moradores foram atendidos pelo Dnit. Uma semana depois dos protestos, o órgão prometeu a construção de vias marginais. A reportagem do Correio Lageano entrou em contato com o órgão pedindo maiores informações sobre o que será feito, mas até o fechamento desta edição, não houve resposta.
Luiz considera “balela” a promessa. Ele conta que já houve uma promessa para a resolução do problema, do órgão. “Vai ali e olha o valo, eles trouxeram um trator, começaram a abrir e parou, já faz um tempo”, conta.
O problema é maior nos finais de semana quando tem festa. Logo na entrada de Pagará, duas faixas dão conta de bailes que acontecerão nos próximos dias. O resultado é um grande fluxo de pessoas saindo do centro da cidade e indo para o interior via Pagará. “Aí fica cheio, dá muito acidente”, explica Luiz.
Fotos:Thomas Michel
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