quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Moradores do Tozzo reclamam de taxas




Lages, 01/11/2012, Correio Lageano, por Silviane Mannrich




Moradores do Residencial Valentim Elisboa Anacleto (Tozzo), no bairro Bela Vista, estão revoltados com a cobrança de aluguel para ocupar o salão de festas e ainda um valor cobrado chamado de fundo de reserva.




Há pouco mais de um mês, eles se mudaram para o residencial e se surpreenderam com as taxas, pois além de pagar o condomínio no valor de R$ 90,00 cada família deve pagar R$ 45,00 para utilizar o salão de festas e ainda R$ 4,50 mensais para o fundo de reserva que deverá ser utilizado para o pagamento de despesas extraordinárias.




“Quando assinamos o contrato com a Caixa eles falaram que poderíamos utilizar o salão de festas sem nenhum custo, que somente deveríamos entregá-lo limpo. Agora não podemos nem mesmo utilizar a churrasqueira nos finais de semana sem pagar essa taxa. É um absurdo”, argumentou o morador Geovani Pereira dos Santos.




A moradora Eliege Fernandes diz que está com o condomínio em dia e que não é justo ter que pagar para usar o salão de festas e ainda a taxa do fundo de reserva. “Por que temos que pagar mais este valor? Já pagamos o condomínio para estas despesas. O salão fica ali para bonito e as pessoas que não moram aqui alugam o local e podem utilizá-lo, isso não esta certo”, questiona.




A síndica do residencial, Renata Silva Azevedo, explica que o aluguel cobrado pelo uso do salão de festas foi baseado na Lei de Inquilinato e no Código Civil. “Fizemos o pedido de uma convenção no cartório para administrarmos o condomínio, e segundo a convenção o valor cobrado pelo uso do salão de festas deve ser a metade do valor do condomínio”.




Questionada sobre o valor do fundo de reserva, Renata lembra que o mesmo também está na convenção e somente pode ser retirado por meio de uma assembleia entre os moradores e a decisão ser registrada em cartório.




Os moradores reclamam também que cada família teve de pagar R$ 27,00 para comprar o controle do portão de entrada do condomínio, mas que não está funcionando. “Entra quem quer, não há controle e muitas pessoas vêm aqui para fazerem confusão. A gente paga por uma coisa e não temos o retorno”, ressalta Eliege.




A síndica explica que o portão foi quebrado por três vezes e que nem todos os moradores compraram o controle até a data determinada. “Tivemos que deixar aberto até que todos comprassem os controles, alguns visitantes forçavam a entrada e acabaram quebrando o portão”, afirma Renata.




O valor de R$ 90,00 cobrado pelo condomínio é utilizado para pagar as contas de água, luz, pagamento do salário de vigia noturno e zelador e demais despesas mensais.




O gerente da Caixa Econômica Federal, Almir Turra, esclarece que a Caixa atua como agente financeiro dos condomínios e que não tem autonomia para interferir nos valores cobrados pelas taxas de administração. “Mesmo depois que os imóveis são comprados ainda auxiliamos contratando uma empresa que presta assessoria técnica social, dando orientações sobre educação financeira, ambiental, patrimonial, entre outras”, lembra o gerente.





Foto: Silviane Mannrich

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