Moradores do Loteamento Nadir, onde uma briga no último final de semana deixou quatro feridos, querem mais segurança
A comunidade do Loteamento Nadir, no bairro da Penha, em Lages, está assustada com a onda de violência na comunidade. O medo aumentou depois de uma briga no último domingo (30), que deixou quatro homens feridos, um em estado grave.
Moradores revelam que as brigas têm ocorrido com frequência na comunidade. “A violência dos últimos dias tem deixado a gente preocupada. As autoridades precisam ver isto”, relata a moradora Mariza Ribeiro.
Na visão da comunidade, a falta de segurança aumentou depois da construção do Loteamento Lourival Bet, vizinho do Nadir, onde moram cerca de 130 famílias. Preocupados, os moradores pedem a construção de um posto policial no bairro.
A briga do último domingo ocorreu na rua João Maria de Souza e envolveu cerca de 30 pessoas. Segundo informações, por volta das 18 horas um grupo de jovens estava em um bar bebendo, quando várias pessoas aproximaram-se armadas com facas, facões, pedaços de pau, foices e começaram a bater.
Rafael Alves, de 21 anos, uma das vítimas, sofreu traumatismo craniado e fratura exposta em uma das pernas, e está internado no Hospital Nossa Senhora dos Prazeres. Os colegas dele, Andrei Ribeiro Augustinho de Oliveira, o “Zé Melo”, e Wellinton Patrick, também ficaram feridos. Zé Melo segue internado também.
A PM esteve no local e conduziu quatro homens para a Central de Polícia para prestar esclarecimentos. Depois de interrogados, Adão Ervino de Matos, de 40 anos, Jaison Roberto da Cruz (24), e Anderson Luis Matos da Cruz (20) foram liberados.
A Polícia Civil já está investigando o caso e as causas da ocorrência ainda são desconhecidas. Quando identificados, os agressores poderão ser responsabilizados por tentativa de homicídio.
Vítimas não tinham nada a ver com a briga
A irmã de Rafael, Kele Cristina Alves, revela que o irmão está em estado grave e respirando por aparelhos. Apesar da gravidade, ela afirma que o rapaz ainda encontra-se no setor de emergência do hospital, aguardando um vaga na UTI.
“A pancada na cabeça foi muito forte. Os médicos disseram que o estado dele é gravíssimo”, conta, alegando que seu irmão apanhou inocentemente. “Ele estava apenas conversando com os colegas (Zé Melo e Wellinton) e nem conhecia os agressores”.
Ela também reclama da falta de segurança no bairro. “Claro que tem aqui gente boa, mas depois que o loteamento veio para cá, não tivemos mais paz. Todo dia tem um confusão e a gente não dorme mais direito”, desabafa.
A mãe de Wellinton, rapaz que teve uma das pernas machucada, Iolita Santos, acredita que os jovens foram atacados por engano. “Eles estavam conversando quando apareceu gente de tudo lado. Eram mulheres, homens e até crianças, todos armados. Todos chegaram e já foram batendo. Foi uma verdadeira batalha campal”, recorda, não sabendo informar de onde vieram os agressores.
Foto:Adecir Morais
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