quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Municípios sofrem com a falta de luz

Municípios sofrem com a falta de luz
Serra Catarinense, 14/12/2012,Correio Lageano


Na quinta-feira (13) pela manhã, cerca de três mil famílias dos 24 municípios de abrangência da Celesc Lages estavam sem energia elétrica


As intempéries, como chuvas fortes e rajadas de vento que têm ocorrido com frequência na última semana, deixaram milhares de famílias em toda a Serra Catarinense sem energia elétrica. De acordo com a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), ontem pela manhã, havia o registro de aproximadamente três mil consumidores sem energia, nos 24 municípios de abrangência da Regional de Lages.



O agricultor João Melo Miranda, reside na localidade de Fazenda da Casinha, no interior de Painel, conta que está sem energia elétrica desde a última terça-feira (11). “Na terça, a cidade toda ficou sem luz por causa de um cabo de energia que arrebentou, caiu em cima de um carro e só foi consertado à noite. Desde então, diversas residências ficaram sem luz”, relata João, que é vereador no município. João informou, que na tarde de ontem a Celesc restabeleceu o fornecimento de energia, na cidade.



Segundo ele, sua residência e outra vizinha recebem água somente através de bombas e, por isso, a falta de luz acarretou em falta de água. “A gente tem que puxar de balde a água... só aqui nas redondezas da minha casa, são pelo menos cinco casas sem luz”, disse.



De acordo com o chefe de Supervisão de Operação e Manutenção da Celesc em Lages, Juliano Françosi Pereira, desde o início da semana, diversos municípios da área de abrangência da regional registraram falta de energia. Os problemas mais acentuados foram em Bom Retiro, Bocaina do Sul, Rio Rufino, Urubici, Urupema e São Joaquim, além da área rural de Lages.



Juliano, que é engenheiro eletricista, ressalta que, como as ocorrências aconteceram de forma simultânea, o atendimento e a resolução dos problemas foi prejudicado. “No caso dos atendimentos rurais, o deslocamento de uma localidade até a outra, são distâncias grandes, por isso demora um pouco pra gente chegar. Estamos procurando restabelecer [o fornecimento] aos poucos, de acordo com as reclamações que vão chegando”.



Com as tempestades, árvores caíram sobre a rede elétrica, condutores romperam e postes quebraram. Juliano garante que a Celesc já tomou as providências necessárias e, desde a quarta-feira (12) trabalha com efetivo reforçado para solucionar os problemas. Equipes de Joaçaba, Jaraguá do Sul e Curitibanos foram deslocadas para Lages, a fim de auxiliar as equipes locais.



O engenheiro afirma que, se o tempo permanecesse estável, a maior parte dos problemas deveriam ser solucionados até o final da tarde de ontem. Para hoje, faltariam apenas as novas ocorrências registradas e os reparos em locais onde há postes quebrados e condutores rompidos. Entretanto, segundo ele, o fornecimento de energia deve ser totalmente normalizado até o final da tarde de hoje.



Situação é crítica em Urupema



Em Urupema, a falta de energia elétrica tem sido registrada constantemente, o que preocupa a comunidade e as autoridades locais. De acordo com matéria publicada na edição de quarta-feira (12) do Correio Lageano, intitulada “Falta de energia causa prejuízos em Urupema”, a prefeitura municipal e a Câmara de Vereadores já formalizaram reclamações perante a Celesc e, caso o problema não seja resolvido, uma nova denúncia será formalizada junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).



Por telefone, o gerente regional da Celesc em Lages, Etamar Eger, informou que existe um projeto para reforma de dois alimentadores que abastecem a cidade, um de São Joaquim a Urupema, e outro de Lages a Urupema. “Só que este projeto precisa passar por aprovação da diretoria. Ele já deveria ter sido executado neste ano, mas não entrou no orçamento anual da Celesc”, conta.



Etamar acredita que o projeto pode ser executado em 2013, mas não precisou uma data para que isso aconteça. Quanto à denúncia junto à Aneel, Etamar afirma que a reclamação é um direito dos consumidores que se sentem prejudicados. “A denúncia na Aneel, pode até contribuir para a liberação de verbas para execução do projeto”, completa.


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Foto:Marília Oliviera/Divulgação

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