quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Turismo Rural: Dezembro, o mês de festas

Lages, 11/2012,Correio Lageano, por Francielli Campiolo



Para completar a programação das festas de fim de ano, grupos como escolas e empresas buscam um dia diferente



Há três anos, todos os finais de semana ficam com a capacidade lotada na Fazenda Pedras Brancas. O que o Turismo Rural busca é a ocupação de segunda-feira a quinta-feira. Hoje, até acontece quando ônibus de idosos ou crianças reservam um dia para recreação. Professoras da Escola de Educação Básica (EEB) Vidal Ramos Junior levaram os alunos para um dia diferente em meio a natureza para uma confraternização de fim de ano.



Novembro e dezembro estão sendo atípicos, os dias de semana estão com reserva. Estudantes de Capão Alto e São Joaquim já passaram pela fazenda que está aberta desde 1985. Um pessoal de Chapecó fez uma visita ao local e já reservou para hospedagem no Reveillon. “A sementinha que germinou e está dando frutos”, disse a proprietária Sonia Gamborgi.



Ela explica que o Turismo Rural é um segmento diferenciado na hotelaria em que as marcas do passado não podem ser apagadas, o hotel foi feito a partir de um galpão e tem museu com a história da família. Gamborgi é a quarta geração da família e já tem seis gerações envolvidas. A gastronomia estão sempre em busca de receitas da avó.



Para passar um dia diferente, a professora, Josiane Soares Reis, levou os alunos para a Fazenda Pedras Brancas pela primeira vez. Ela leciona no antigo Centro Educacional e na escola Valmor Antunes, em Capão Alto. “É um dia diferente, em que as crianças estrapolam e se divertem”, disse.


Confraternização



Sara Seifert de Santana, de 9 anos, conta que Natal é tempo de compartilhar a felicidade com os amigos. Na casa dela, tem pinheiro e luzinhas. O que mais a marcou, foi quando passou a data na casa do bisavô. Sara parou de acreditar em Papai Noel aos oito anos, quando as primas contaram que não foi ele quem tinha dado a piscina redonda de plástico. O presente que ganha, os pais dão porque querem, não porque ela pede.



Pâmela Radatz, 11 anos, diz que é difícil enfeitar a casa. “Espero paz e saúde”, ressaltou.  Quando ela disse isso, outras crianças se surpreenderam dizendo que tem gente que fala que só quer presente. A família dela costuma alugar um salão de festa para fazer almoço de Natal. Ela afirma que é criancice acreditar em Papai Noel. Só às vezes pede presente.



Evelin Rodrigues, 11 anos, tem deficiência auditiva e a professora ajudou a contar sua percepção de Natal. Ela gosta da época porque viaja para Florianópolis. A família se reúne e na porta de casa tem enfeites de Natal.



Ana Luiza Soares Reis tem 12 anos e participa da ceia na casa da avó. Gosta de ganhar presentes, reunir a família. O Natal era mais especial quando o avô Hildebrando Nilton Reis estava junto. Em Papai Noel ela acreditou até os 10 anos, quando ficava esperando ele chegar à noite.



A crença no Papai Noel



Josiane Soares Reis é mãe de Evelin Rodrigues e, uma vez, fizeram um acordo de trocar a chupeta por um roller. O Papai Noel traria o presente se, ela deixasse da chupeta. Mas no outro dia, a menina chorou e queria desfazer a troca. Pedia que o Papai Noel trouxesse de volta. Ela tinha seis anos.



No dia de Natal, a mãe conta que uma pessoa da família se veste de Papai Noel e entrega os presentes batendo sino, por isso as crianças acreditam tanto. A menina conta que ele saía pela chaminé da madrinha. “É bacana passar a crença no Papai Noel. Natal simboliza a união da família”, disse Josiane. Ela acredita que faz bem recompensar com presente uma pessoa que se dedicou para merecê-lo.



Fotos: Francielli Campiolo

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