quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Morte de casal em Lages continua insolúvel

Morte de casal em Lages continua insolúvel
Lages, 15/02/2013, Correio Lageano, por Adecir Morais


A falta de testemunhas é um dos fatores que prejudicam as investigações



A Polícia Civil de Lages está tendo dificuldades para elucidar o assassinato dos aposentados Leonordo Martins Pedroso, de 83 anos, e Eloy da Silva Pedroso, de 84. O casal foi brutalmente assassinado no último dia 19 de janeiro, no bairro Santa Rita, em Lages, na Serra.



Segundo o delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC), responsável pelo caso, Márcio Shültz, uma das dificuldades para esclarecer o crime é a falta de testemunhas. “Não temos nenhuma denúncia de quem possa ter cometido o crime, o que dificulta as investigações”, ressalta.



Ele informa que aproximadamente 10 pessoas já foram ouvidas no inquérito, dentre  familiares dos idosos, vizinhos e pessoas próximas da família. Além disso, a polícia também interrogou três suspeitos no crime, mas que foram descartados por falta de provas.



Passados quase 30 dias do assassinato, a polícia já concluiu que o crime foi um latrocínio (roubo seguido de morte), pois objetos foram levados do casal. O que ainda não se sabe, porém, é o número de pessoas que cometeram o crime.



O que deixa a polícia intrigada é que o casal não tinha inimizades ou qualquer problema na comunidade onde vivia. Assim, Shültz acredita que o crime foi cometido por alguém que entrou na casa para roubar. “Alguém pode ter entrado na casa, mas quando se deparou com as vítimas decidiu matá-las”.



As investigações prosseguem e o delegado aguarda o resultado da perícia realizada na casa para se aprofundar nas investigações. O laudo poderá revelar, por exemplo, as impressões digitais dos criminosos.



Local do crime não foi preservado



O casal foi encontrado morto por dois filhos na casa onde morava, na Rua Joaquim Waltrick de Oliveira. O homem foi asfixiado com uma sacola plástica e a mulher tinha sinais de pauladas no lado direito da cabeça. Segundo a família, a casa estava toda revirada e joias do casal foram levadas.



O delegado Shültz diz que outro fator que poderá prejudicar as investigações é a não preservação do local para a perícia. “Muita gente entrou na casa e contaminou o ambiente, (antes da chegada do IGP). Foi mexido até no corpo da mulher”, afirma.



Segundo o delegado, o ideal, em qualquer crime, é que se faça a preservação do local para a perícia, o que contribui de maneira determinante para a elucidação de um fato. “Vamos esperar o laudo da perícia para ver se não tivemos nenhum prejuízo”. Questionado sobre a demora para elucidar o caso, diz que a polícia está empenhada nas investigações para “dar uma resposta para a sociedade”.




Foto:Arquivo/CL

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