segunda-feira, 15 de abril de 2013

Funcionários elaboram relatório com irregularidades em quatro IGPs de SC


Joinville, Lages, Balneário Camboriú e Florianópolis enfrentam problemas.
Diretor do IGP acredita que situações sejam pontuais de algumas unidades.

Funcionários de quatro unidades do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Santa Catarina escreveram um relatório de 36 páginas com problemas enfrentados nesses locais. Materiais com validade vencida, falta de extintores de incêndio, infestações de animais e poucos servidores estão entre as principais reclamações (veja o vídeo). O diretor do IGP acredita que essas irregularidades sejam pontuais, mas que a entidade vai checar o que é necessário mudar.
No IGP de Joinville, no Norte do estado, a sala para examinar vítimas de abuso tem uma "mesa velha, enferrujada, uma cadeira quebrada para o médico" e um "móvel velho doado pelos próprios funcionários". Os extintores de incêndio da sala de necropsia e outros dois que existem no IML estão vencidos e o hidrante não funciona. Luzes de emergência também estão queimadas. Uma das imagens do relatório mostra um sapo dentro de uma sala de câmeras frias, anexa a de necropsia.
Além disso, a falta de pessoal também é reclamação. "A escala está extremamente apertada. Trabalhadores não conseguem tirar férias, não podem nem ter direito a ficarem doentes ", afirmou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Estadual, Sebastião Amorim.
Em Lages, na Serra, de acordo com os funcionários, as duas agulhas para coletar sangue e urina são as mesmas há anos e falta equipamento para esterilizar os materiais. Esses foram alguns dos motivos que levaram a Vigilância Sanitária ao local em 14 de março. Na época, a entidade recolheu 93 quilos de materiais vencidos. Balneário Camboriú e a capital enfrentam situações semelhantes. Todos os problemas relacionados no relatório, de acordo com o documento, já foram discutidos com a direção do Instituto.
Para o diretor do IGP, Rodrigo Tasso, "eu acredito que isso seja um lado da moeda, de quem está fazendo as denúncias, mas a realidade não é essa. Nós temos 30 IGPs em Santa Catarina e entendo que os problemas são pontuais. Um ou outro IGP, pela condição, principalmente, do imóvel. Mas a condição geral eu entendo ser satisfatória", disse.
Ele continou: "em relação a luvas, nós temos dois tipos: cirúrgica e de procedimento. As que estavam vencidas eram de procedimento, utilizadas para exames, como pegar objeto no local do crime e relação à luva cirúrgica, que é quando faz o ato da necropsia, nós temos mais de 90 mil luvas que vão vencer apenas em 2014.
"Nós tínhamos ganhado um lote muito grande da Receita Federal e houve realmente um erro da gestão, um erro de procedimento, onde não se constatou o vencimento da luva", explicou Tasso. "Estamos vendo o que é necessário mudar e o que é apenas uma denúncia vazia", completou.

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