Campo Belo do Sul, 01 e 02/06/22013, Correio Lageano
As vítimas foram mortas a tiros dentro de casa; o crime chocou a população do município.
A Polícia Civil continua investigando a morte da aposentada Seraselia Neis, de 74 anos, e de sua filha, Marlene Catarina Pletsch, de 52 anos, em Campo Belo do Sul. O crime ocorreu no dia 13 de fevereiro, no interior do município.
Mãe e filha foram mortas a tiros dentro da própria casa, na localidade de Morro Agudo, no interior do município, distante 15 quilômetros do Centro. Seraselia e Marlene eram sogra e esposa, respectivamente, do secretário de Agricultura, Edemar Pletsch.
O duplo homicídio chocou a população, tanto que seis dias depois do crime, a cidade literalmente parou para realizar uma caminhada pela paz, que percorreu as principais ruas do município. A manifestação reuniu cerca de mil pessoas. Em silêncio, os manifestantes, praticamente todos vestidos de branco, pediram justiça.
As vítimas eram queridas pela comunidade. Mulheres de bem, alegres e ativas. É assim que amigos e familiares as descreviam. Mãe de cinco mulheres e avó de 12 netos, Seraselia morava com a filha Marlene desde quando separou-se do pai das filhas, Nercio Pereira da Silva.
O delegado Adelino Roberto Toigo, responsável pelo caso, que não foi encontrado na tarde de sexta-feira (31) para comentar o andamento das investigações, já interrogou várias pessoas. O caso é tido como prioridade pela polícia.
Dados apurados pelo CL revelam que Campo Belo do Sul é um dos municípios com maior número de homicídios da Serra. Segundo levantamento, pelo menos seis pessoas foram assassinadas nos últimos dois anos e meio. Santa Catarina tem uma média de 12,9 homicídios em cada 100 mil habitantes.
Foto: Adecir Morais/Arquivo/CL
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