segunda-feira, 29 de julho de 2013

Espaço pode ter o horário reduzido

Espaço pode ter o horário reduzido
Lages, 30/07/2013, Correio Lageano, por Afonso Rodrigues




A falta de diálogo entre Secretaria da Educação e funcionários da Biblioteca Pública de Lages pode fazer com que o local deixe de funcionar até as 19 horas e entre o meio-dia e às 14 horas, de segunda a sexta-feira.



A mudança de horário de trabalho da prefeitura pode ser o motivo da discórdia entre funcionários da biblioteca de um lado e Secretaria de Educação e gerência do espaço, de outro. Hoje, a Biblioteca Pública funciona das 8 às 19 horas, sem fechar para almoço. Motivada pela contenção de custos, a Secretaria de Educação propôs que fosse feito um estudo para verificar a demanda do público que frequenta o local entre o meio-dia e às 14 horas.



De acordo com Marimília Casa Costa Coelho, responsável pela pasta, toda a rede de educação está estudando formas de diminuir gastos.



“Manter um espaço aberto demanda funcionários, energia, água e luz, entre outras coisas. Então pedimos para a coordenadora da biblioteca acompanhar, num período de 15 dias, o movimento do espaço para ver se a comunidade estava utilizando”, comentou.




A gerente da biblioteca, Rosana Ramos, afirma que já realizou um estudo prévio que indicou um volume significativo de público no horário. E que a biblioteca não vai fechar, já que foi feito uma readequação da escala de horários dos funcionários, que deixarão de trabalhar seis horas para fazer oito horas diárias.



“Estamos conversando com a Secretaria há uns três meses e realmente pensamos em alterar o horário, mas creio que já achamos a solução para não alterar o horário”, disse Rosana, se referindo ao novo escalonamento que os 14 funcionários efetivos e os três contratados passarão a ter que cumprir no trabalho.



Mobilização para manter expediente da biblioteca




Um abaixo-assinado, com cerca de 350 assinaturas da comunidade e servidores, chegou a ser elaborado, pedindo a permanência do atual horário – o que permite ao público usar o espaço por no mínimo uma hora depois do horário comercial.



“A mobilização foi mais da comunidade, e não dos funcionários. O abaixo-assinado tem a ver com o horário, porque ia fechar ao meio-dia e à tarde, mais cedo. Nesses horários ia ficar difícil para o  público”, diz uma técnica administrativa da biblioteca.



Rosana, porém, discorda da posição dos funcionários. Segundo ela, a alteração na carga horária foi a principal mobilização da comunidade do entorno do tema.



“O abaixo-assinado foi motivado em função dos funcionários fomentarem a comunidade pela questão das oito horas de trabalho. Para mim é indiferente, porque já trabalho oito horas”, disse ela.



Um cartaz, produzido por Rosana, chegou a ser afixado na porta da biblioteca, informando que a partir do dia 05 de agosto o local já funcionaria em nova escala – das 8 às 12 horas e das 14  às 18 horas 



“Fiz o cartaz e talvez eu tenha me precipitado, mas sinceramente acredito que o público que viu o cartaz não se assustou. De toda a forma, porém, a questão do horário já está definida desde a semana passada e permanecerá da mesma forma. A insistência é em não trabalhar oito horas”, garante Rosana.



Foto: Afonso Rodrigues

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