Lages, 30/07/2013, Correio Lageano, por Suzani rovaris
Médicos de Lages irão aderir à paralisação no dia 31 de julho que acontece em toda Santa Catarina e no Brasil. O ato pretende esclarecer à população quanto a algumas reivindicações. Somente casos de urgência e emergência, bem como tratamentos que não podem ser interrompidos, continuarão ser atendidos.
Os médicos farão concentração a partir das 10 horas em frente à Catedral Diocesana de Lages. Os profissionais da saúde estarão distribuindo panfletos para esclarecer à população os motivos da suspensão dos atendimentos, prevista para a rede pública e privada. Usarão faixas e cartazes para expressar a indignação quanto às medidas tomadas pelo Governo Federal.
A mobilização acompanha o movimento nacional que tem como principais tópicos a defesa da carreira de Estado, a aplicação do exame Revalida para os médicos formados no exterior, o reajuste imediato da tabela SUS, o reajuste devido aos médicos federais e a derrubada dos 10 vetos presidenciais ao ato médico.
Segundo o diretor regional do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina, Ricardo Rath de Oliveira Gargioni, esta é uma medida tomada para esclarecer à população sobre o que está acontecendo na saúde do Brasil. “Não somos contra, só queremos resolver algumas pendências que ainda não ficaram de acordo com a nossa profissão”, afirma.
Os motivos do movimento
- Carreira de Estado: Garantia de remuneração adequada e condições de trabalho
- Exame Revalida: Processo de revalidação de diplomas médicos obtidos no exterior através de avaliação e exame.
- Tabela SUS: reajuste dos valores defasados repassados aos médicos conveniados.
- Médicos federais: reajuste salarial.
- Repúdio ao “serviço civil obrigatório”: estudantes de medicina que a partir de 2015 teriam que ficar dois anos a mais na faculdade
- Ato médico: Com os vetos outros profissionais poderão formular diagnóstico e respectiva prescrição terapêutica.
Como fica o atendimento durante a manifestação
O vice-diretor clínico do Hospital Tereza Ramos disse que nenhum paciente terá problemas decorrentes à paralisação. “O movimento vai atingir apenas as consultas e exames eletivos, possíveis de serem adiados. Os pacientes internados nos quartos e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e aqueles com qualquer urgência e emergência serão atendidos normalmente”, afirma.
Já o diretor clínico do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, Paulo Duarte, disse que os pacientes não ficarão desassistidos. “A orientação é paralisar apenas os procedimentos eletivos”.
No Hospital Infantil Seara do Bem, a recepção informou que a direção clínica estaria ocupada nesta segunda-feira.
Quanto à Secretaria Municipal da Saúde de Lages, até a manhã de ontem, a secretária Maria Cristina Subtil não havia sido informada sobre a paralisação e por isso, preferiu não se manifestar.
Foto:Arquivo CL
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