quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Caso de motorista que arrastou e matou mulher na Presidente Vargas completa dois anos

Caso de motorista que arrastou e matou mulher na Presidente Vargas completa dois anos
Lages, 01/11/2013, Correio Lageano, por Adecir Morais



O processo contra o motorista Nelci Marcelino de Jesus, de 37 anos, acusado de atropelar, arrastar e matar uma mulher durante um acidente de trânsito, em Lages, completou dois anos. O caso tramita no Fórum da cidade e a primeira audiência só vai acontecer só em 2014.




Nelci foi denunciado por homicídio com dolo eventual (quando assume o risco de matar). Ele atropelou e matou Valdirene Souza, na época com 23 anos. Além dele, também foram denunciados, por omissão de socorro, outros três homens que estavam de carona do motorista.



O acidente ocorreu por volta das 5h30min de 28 de outubro de 2011. Envolveu a motocicleta Dafra Apache/150, placas MIP-8739 de Lages, conduzida por Elias Alves Branco, e o Chevette placas MBS-9130 de Lages, guiado por Nelci. Valdirene estava de carona na moto.



Os veículos seguiam pela avenida Presidente Vargas, quando o Chevette colidiu na traseira da moto. A mulher ficou presa embaixo do carro e o motorista a arrastou por cerca de um quilômetro, deixando um rastro de sangue. Ela morreu na hora.



De acordo com a PM, Nelci apresentava visível estado de embriaguez, mas recusou-se a fazer o teste de bafômetro. Ele foi preso logo após o acidente, mas ganhou liberdade dias depois e responde o processo em liberdade.



Uma testemunha disse que o condutor da motocicleta, mesmo machucado, se jogou em frente ao seu veículo, pedindo por socorro, pois a sua esposa estava presa ao Chevette e sendo arrastada.




Na boleia

Informações oficiais do Departamento Estadual de Trânsito de Santa Catarina (Detran-SC) dão conta de que Nelci não teve a carteira de habilitação cassada. Ele apenas pagou uma multa no valor de R$ 957,00.




No fim da tarde desta quinta-feira (31), o CL fez contato com a defesa dos réus, mas não recebeu o retorno até o fechamento da edição desta sexta-feira (01).





Promotor diz que os réus deverão ir a júri popular

O promotor de Justiça Fabrício Nunes, que ofereceu a denúncia, explica que os acusados deverão ir a júri popular. A primeira audiência está marcada para 23 de abril do ano que vem.




Além do homicídio, Nelci também vai responder por tentativa de homicídio contra o condutor da moto. Se condenado, pegará entre 6 a 20 anos de prisão. Já outros três réus que respondem por omissão de socorro podem pegar, no máximo, 1,6 ano de cadeia. Para o promotor, os três tinham a obrigação de socorrer às vítimas.
“Este foi um crime que chocou pela brutalidade”, declarou o promotor de Justiça, destacando que o motorista assumiu o risco de provocar a morte da mulher, porque estava sob a influência de álcool e sabia que havia uma pessoa presa ao carro.




Ele explicou que a liberdade foi dada ao motorista porque havia a necessidade de se fazer diligências do crime, como perícias no veículo, e que, em virtude disto, fatalmente ocorreria excesso de prazo com o acusado preso. “Essas diligências eram imprescindíveis no processo”, finalizou o promotor.




Foto:Arquivo CL

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