segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Greve nos bancos chega ao 18º dia e não há perspectiva de fim

Greve nos bancos chega ao 18º dia e não há perspectiva de fim
Lages, 08/10/2013, Correio Lageano, por Joana Costa



Há 18 dias os bancários estão paralisados. São aproximadamente 380 funcionários dos bancos em greve em Lages e não há previsão de quando ela vai terminar. Na última sexta-feira, dia 4, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) ofereceu reajuste de 7,1%, que foi rejeitado pelos grevistas.



“Vamos continuar em greve. Semana passada não houve acordo”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Lages e Região, Renato Dambroz. Todos os serviços dentro das agências estão paralisados, mas a maioria das operações bancárias podem ser feitas nos caixas eletrônicos. “Não dá de fazer abertura de contas, empréstimos, financiamentos, enfim toda a parte que tem que haver negociação com o banco”, explica Dambroz.



Os bancários pedem reajuste salarial de 11,93%, com 5% de aumento real além do valor da inflação. Grevistas esperam nova proposta da Federação para avaliação do sindicato.
Alternativas| No início do mês, as contas chegam e o aposentado José Air Correia costuma ir ao banco pagá-las. Mas esse mês teve que ir até caixa eletrônico do banco para sacar o dinheiro e depois ir à casa lotérica para efetuar os pagamentos. “É ruim isso, a gente paga um monte de taxa e ainda tem que ficar caminhando de um lado para o outro”, reclama.



Para o proprietário de casa lotérica Paulo Rocha, houve um aumento no número de pessoas em seu estabelecimento. “Acredito que foi em torno de 20% a mais”, afirma. Ele diz está preparado para a demanda e lembra que as lotéricas têm espaço e equipamentos limitados e não planeja incrementar o quadro de funcionários.


Cooperativas de crédito ganham mercado


O fechamento dos bancos impacta no aumento de usuários das cooperativas de crédito. Mas isso não é visto de maneira negativa, de acordo com o gerente geral de uma cooperativa de Lages, Claudio Roberto Muniz.  “É uma oportunidade para as cooperativas terem prospecção de novos associados”,  afirma.



Descontentes com os bancos, os clientes buscam as cooperativas. Muniz explica que o sindicato das cooperativas é diferente dos sindicatos dos bancos, por isso os seus colaboradores não aderem à greve. “A cooperativa, uma instituição em uma situação diferente, tem outro sindicato. Elas cumprem o acordo anual do benefício dado ao colaborador”, diz.


Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Lages (CDL), Nilton Alves, com o início de mês, período de pagamento dos salários, a greve dos bancários pode causar prejuízos. “Os empresários não conseguem fazer alguns tipos de negócios. Não é prejuízo total, ele é pouco, mas existe”, completa.




Foto: Joana Costa

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