domingo, 29 de junho de 2014

Professores reclamam de falta de estrutura na UFSC


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Curitibanos, 29/06/2014 A Semana

 Equipamentos encaixotados, falta de espaço, falta de laboratórios, salas de professores compartilhadas, goteiras e falta de lâmpadas em laboratórios, são alguns dos problemas apontados por professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), campus de Curitibanos.
Segundo o presidente de Curitibanos, do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (APUFSC), Marcelo Callegari Scipioni, a situação chegou ao limite e agora, cada curso está buscando espaço para o desenvolvimento de suas atividades.
Ele acredita que a falta de estrutura faz que alunos se formem sem aprendizagem suficiente. “Material nós temos, nossa dificuldade é com estrutura física e recursos humanos”, explica Marcelo. Ele conta que até mesmo para dar as disciplinas existe dificuldade com falta de professores. “Tem matérias que são dadas por professores substitutos, porque não tem concursado e obviamente que a qualidade não é a mesma”, esclarece.
A situação dos laboratórios de ensino é apontada como um dos pontos mais frágeis. “A universidade criou os cargos de bolsistas, estagiários que cumprem horário nos laboratórios, mas faltam técnicos, sem falar dos materiais empilhados pelos cantos, alguns de alto custo”, desabafa.
Outro ponto crucial apontado é o laboratório de anatomia para o curso de medicina veterinária, que é utilizado em parceria com o curso de educação física de outra instituição de ensino. Já nos cursos de Agronomia e Engenharia Florestal, a área experimental de 24 hectares é considerada insuficiente. Marcelo aponta que ela já está no limite, prejudicando novos experimentos. Ele informa que no herbário não cabem mais que dois alunos por vez e que entra água da chuva na mesa onde se encontra a lupa e o computador de registro do acervo. “Temos um equipamento de mais de R$ 100 mil que alunos que estão se formando em Engenharia Florestal nem vão ter contato”, diz.
Conscientes dos problemas, o diretor geral Leocir José Welter e o diretor acadêmico Juliano Wendt, informam que soluções estão sendo buscadas. “Nós sabemos dos problemas, não estamos tapando sol com peneira, estamos sim, buscando soluções”, explica Leocir.
Além disso, ele explica que toda a estrutura existente é de muita qualidade, o que falta é espaço para execução de todas as atividades. 



Greve atrapalha andamento dos projetos



Os diretores explicam que existem projetos de melhoria e aumento de estrutura, mas que estão, neste momento, parados, devido greve dos técnicos administrativos da UFSC.
Para o segundo semestre, Leocir explica que haverá salas e laboratórios disponíveis para as aulas na estrutura do Cedup, que já está em fase de finalização, além de espaço destinado aos professores.
Esperando licitação, existe o projeto do CBS02, que trata-se de mais um bloco de salas, com sete andares, 10 mil metros quadrados, com o investimento de R$ 30 milhões. “Já existe o projeto, agora estamos aguardando o processo de licitação para início das obras, mas é difícil precisar uma data por questão da greve”, adianta Juliano.
Está em andamento a construção de um galpão para experimentos, que deve ser entregue até o mês de julho e quanto a construção do hospital veterinário, Leocir informa que já está tudo formalizado, assim como todas as demais obras, estando aguardando o andamento dos processos e a finalização deste projeto, também sem data precisa.
A UFSC em Curitibanos oferece os cursos de Agronomia, Ciência Rurais, Engenharia Florestal e Medicina Veterinária. A unidade conta um prédio, de quatro pavimentos, 24 hectares de área experimental, além de uma fazenda de aproximadamente 30 hectares, também para experimentos, com o total aproximado de 680 estudantes matriculados.

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