Equipamentos encaixotados, falta de espaço, falta de laboratórios, salas de professores compartilhadas, goteiras e falta de lâmpadas em laboratórios, são alguns dos problemas apontados por professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), campus de Curitibanos.
Segundo o presidente de Curitibanos, do Sindicato
dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (APUFSC),
Marcelo Callegari Scipioni, a situação chegou ao limite e agora, cada
curso está buscando espaço para o desenvolvimento de suas atividades.
Ele acredita que a falta de estrutura faz que
alunos se formem sem aprendizagem suficiente. “Material nós temos, nossa
dificuldade é com estrutura física e recursos humanos”, explica
Marcelo. Ele conta que até mesmo para dar as disciplinas existe
dificuldade com falta de professores. “Tem matérias que são dadas por
professores substitutos, porque não tem concursado e obviamente que a
qualidade não é a mesma”, esclarece.
A situação dos laboratórios de ensino é apontada
como um dos pontos mais frágeis. “A universidade criou os cargos de
bolsistas, estagiários que cumprem horário nos laboratórios, mas faltam
técnicos, sem falar dos materiais empilhados pelos cantos, alguns de
alto custo”, desabafa.
Outro ponto crucial apontado é o laboratório de
anatomia para o curso de medicina veterinária, que é utilizado em
parceria com o curso de educação física de outra instituição de ensino.
Já nos cursos de Agronomia e Engenharia Florestal, a área experimental
de 24 hectares é considerada insuficiente. Marcelo aponta que ela já
está no limite, prejudicando novos experimentos. Ele informa que no
herbário não cabem mais que dois alunos por vez e que entra água da
chuva na mesa onde se encontra a lupa e o computador de registro do
acervo. “Temos um equipamento de mais de R$ 100 mil que alunos que estão
se formando em Engenharia Florestal nem vão ter contato”, diz.
Conscientes dos problemas, o diretor geral Leocir
José Welter e o diretor acadêmico Juliano Wendt, informam que soluções
estão sendo buscadas. “Nós sabemos dos problemas, não estamos tapando
sol com peneira, estamos sim, buscando soluções”, explica Leocir.
Além disso, ele explica que toda a estrutura
existente é de muita qualidade, o que falta é espaço para execução de
todas as atividades.
Greve atrapalha andamento dos projetos
Os diretores explicam que existem projetos de
melhoria e aumento de estrutura, mas que estão, neste momento, parados,
devido greve dos técnicos administrativos da UFSC.
Para o segundo semestre, Leocir explica que haverá
salas e laboratórios disponíveis para as aulas na estrutura do Cedup,
que já está em fase de finalização, além de espaço destinado aos
professores.
Esperando licitação, existe o projeto do CBS02, que
trata-se de mais um bloco de salas, com sete andares, 10 mil metros
quadrados, com o investimento de R$ 30 milhões. “Já existe o projeto,
agora estamos aguardando o processo de licitação para início das obras,
mas é difícil precisar uma data por questão da greve”, adianta Juliano.
Está em andamento a construção de um galpão para
experimentos, que deve ser entregue até o mês de julho e quanto a
construção do hospital veterinário, Leocir informa que já está tudo
formalizado, assim como todas as demais obras, estando aguardando o
andamento dos processos e a finalização deste projeto, também sem data
precisa.
A UFSC em Curitibanos
oferece os cursos de Agronomia, Ciência Rurais, Engenharia Florestal e
Medicina Veterinária. A unidade conta um prédio, de quatro pavimentos,
24 hectares de área experimental, além de uma fazenda de aproximadamente
30 hectares, também para experimentos, com o total aproximado de 680
estudantes matriculados.
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