terça-feira, 19 de agosto de 2014

Jovem que arrastou lageana em Rio do Sul consegue liberdade

Jovem que arrastou lageana em Rio do Sul consegue liberdade
Lages, 20/08/2014, Correio Lageano, por Susana Kuster



Depois de ser arrastada por 800 metros embaixo de um carro, em Rio do Sul, e passar por 17 cirurgias, a lageana Maristela Stringhini, de 40 anos, voltou a ser internada nesta semana. Julio Cesar Leandro, 21 anos, foi solto no último domingo do Presídio Regional de Rio do Sul. Ele vai responder o processo em liberdade e estava preso desde abril, quando ocorreu o crime.




O jovem responderá por tentativa de homicídio qualificado, por motivo fútil, cruel e sem direito à defesa da vítima. Ele será julgado através de um júri popular, que ainda não tem data marcada. O juiz Cláudio Márcio Areco Júnior, da Vara Criminal de Rio do Sul, foi quem concedeu o habeas corpus para o jovem e também determinou que o caso fosse levado a júri popular.




Os advogados de Leandro tentaram recorrer da sentença, mas o recurso foi negado. O rapaz disse para a polícia que não viu a mulher sendo arrastada pelo seu carro.



Consequenciais


O acidente causou em Maristela Stringhini ferimentos em várias partes do corpo, como braços, pernas e tórax, incluindo os seios. As despesas do hospital foram custeadas pela família do jovem que a arrastou.



Depois de 93 dias internada, ela voltou para Lages em julho, onde foi recebida por familiares e amigos em sua casa. Sua saída do hospital coincidiu com o aniversário de 13 anos de sua filha, Vitória Stringhini.



Seu marido, Wolni Amorim, conta que Maristela sente dores constantes nas pernas, pois foi retirada parte da pele para reconstruir seu tórax. “Toda semana temos que ir para o hospital em Rio do Sul. É muito cansativo e o médico achou melhor interná-la novamente”.



Ele conta que a cicatrização está lenta e a cirurgia de reconstrução dos seios deve ser feita até o final do ano. Para ele, e também para Maristela, a decisão de levar o caso a júri popular é a decisão mais correta. “A justiça é que manda no caso”, completa.



Foto:Arquivo/CL

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