Todas as casas lotéricas de Lages só realizaram apostas no último sábado (28), aderindo a mobilização nacional. A iniciativa tem como objetivo a busca de soluções sobre as constantes quedas no sistema de transmissão de dados entre as agências e a Caixa Econômica Federal (CEF), e pela correção dos valores pagos pelo banco aos lotéricos pela prestação de serviços.
Os clientes não puderam pagar as contas, receber o pagamento de benefícios sociais ou movimentações de contas da CEF. A ação será repetida no próximo sábado (4), mas durante a semana todos os serviços serão realizados normalmente. O presidente da Associação Sul dos Lotéricos e tesoureiro do Sindicato Estadual dos Lotéricos (Sindel/SC), Gilmar Cechet, contou que a adesão está forte no Estado.
Gilmar compara as lotéricas com postos de combustíveis: só não permanecem fechados porque há comprador. “Vão repassando de mão em mão para não fecharem. Depois, o novo proprietário percebe que se iludiu e que não consegue ganhar dinheiro”, disse. Segundo ele, muda o proprietário e os problemas não são solucionados.
No próximo final de semana, a campanha será intensificada. É a primeira manifestação da categoria. Gilmar ressaltou que não afeta os clientes porque podem pagar as suas contas na segunda-feira sem multa. “Sempre buscamos uma negociação, mas empresa pública é sempre difícil”, afirmou. As lotéricas continuarão funcionando no próximo sábado (04), das 8 às 17horas
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O banco tem uma reunião agendada com representantes dos lotéricos na próxima sexta-feira (03). Na reunião, a CEF apresentará um plano de ação montado ao longo do último ano para oferecer modernização tecnológica e atualização do sistema de transmissão de dados entre agências lotéricas e banco.
Reivindicações:
Reajuste no pagamento da Caixa repassado às empresas. O incremento de ganho das lotéricas foi de 59% de 2002 até 2012 e o salário mínimo, que influencia nos salários dos funcionários, teve incremento de mais de 200%.
Melhoria na transmissão de dados para não haver mais quedas no sistema. Mais abertura de comunicação com a Caixa, que não dá respaldo à reclamação dos prestadores de serviço.
Foto: Francielli Campiolo
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