sexta-feira, 31 de maio de 2013

Barreira vai amenizar a Curva da Morte

Barreira vai amenizar a Curva da Morte
Lages, 01 e 02/06/2013, Correio Lageano, por Joana Costa


Traçado atual do trecho de acesso a Lages será mantido, mas estão previstos redutores de velocidade, sinalização e proteção




Sinalização, redutores de velocidade e barreiras de contenção são os planos para diminuir o risco aos motoristas que chegam a Lages pelo acesso sul e precisam passar pela “curva da morte”, na Avenida Santa Catarina.


No projeto de revitalização da avenida havia a promessa de que a curva seria suprimida e um novo trajeto cortando o bairro Santa Catarina seria criado. No entanto, por contenção de custos, optou-se por manter a curva da morte no seu traçado atual.



O investimento será focado na sinalização do local, informa o secretário municipal de Infraestrutura, Joel Netto Monn. “Nós vamos instalar o que chamamos de new-jersey, proteções para que se o motorista que chegar em alta velocidade e, se perder na curva, baterá nessa proteção e volte para a pista”, explica.



Alertas



Além das barreiras de proteção, que impedirão os carros de cair na ribanceira, os investimentos também se concentram em placas e redutores de velocidade, alertando os condutores que aquele local é um trecho de risco. “Como a gente observa inclusive nas BRs, que tem a sinalização com números decrescentes até na curva, para a pessoa perceber que ali é um trecho de risco”, acrescenta o secretário.



O objetivo é que os motoristas trafeguem no local na velocidade adequada. Joel Monn reconhece que a curva da morte é um trecho perigoso e que o guard-rail que existe está quebrado, tornando a curva ainda mais traiçoeira.



De acordo com o secretário, este não é o método mais eficaz para garantir a preservação de vidas em cidades. “Ele é muito baixo e quando o veículo está em alta velocidade passa por cima do guard-rail”.



Limites



Para o secretário Joel Netto Monn, o essencial é que os condutores respeitem os limites de velocidade expressos nas placas. “Quando você está numa BR que está lá a placa de 60km/h é porque aquilo lá é uma sinalização de projeto, aquele trecho foi calculado para aquela velocidade. Se você passa acima dessa velocidade, você está correndo o risco de ser jogado para fora da pista”, declara. Segundo ele, a grande causa de acidentes de trânsito em rodovias é o excesso de velocidade.



A previsão é que o serviço seja realizado junto com as obras de finalização da Avenida Santa Catarina, o que deve ocorrer em até 60 dias. Monn destaca que não existem mais entraves burocráticos para a finalização da revitalização.



As calçadas estão sendo construídas, a Celesc está fazendo a retirada dos postes, para que, posteriormente, a iluminação provisória seja instalada. O projeto prevê que a Avenida Santa Catarina tenha sistema de iluminação semelhante ao da avenida Dom Pedro II. Os postes ficam no canteiro central, com duas luminárias no topo.



Desvio da curva não é descartado



A revitalização da Avenida Santa Catarina estava orçada para custar em torno de R$ 4,7 milhões, mas acabou fechando em R$ 3,7 milhões. Do recurso inicial, R$ 1 milhão foram retirados da planilha orçamentária para serem usados na obra da Avenida Cirilo Vieira Ramos. Com isso, o projeto inicial, que previa o desvio da curva da morte, foi alterado e a mudança no traçado deixou de ser feita.



Acidentes fatais justificam apelido “curva da morte”


O último acidente com vítima fatal aconteceu em 20 de janeiro deste ano. Uma Parati conduzida por Rivelino Apolínário Bastos, de 26 anos, capotou. O condutor morreu no local.



Em abril de 2010, quatro pessoas morreram quando o motorista de um Gol que retornava da BR-116 pelo Acesso Sul perdeu o controle da direção, caiu no barranco com cerca de sete metros de altura, capotou e parou somente do outro lado da Avenida Aujor Luz. O condutor do carro foi condenado por homicídio culposo.



Em novembro do mesmo ano, outro acidente colocou em perigo a vida dos moradores da região. O motorista de um  Kadett bateu em um poste, caiu na ribanceira e capotou até parar em uma vala, distante 50 metros de uma residência.



• Valor inicial da obra na avenida Santa Catarina: R$ 4,7 milhões
• R$ 1 milhão realocados para obra na avenida Cirilo Vieira Ramos
• Projeto da Avenida Santa Catarina ficou com R$ 3,7 milhões e precisou se modificado
• Mudança no traçado da curva da morte deixou de ser feita



• O governador Raimundo Colombo assinou, durante a abertura da 25ª Festa Nacional do Pinhão, a autorização para a realocação do recurso. Todavia, Joel Monn acredita que a alteração da Curva da Morte poderá ser realizada no futuro. “Existe o projeto que dá para fazer, que seria construir duas pistas em cima do morro, ou até remover uma parte do morro e fazer uma pista dupla ali; tem projeto para isso, só que não está contemplado nesse momento”, completa.




Foto: Joana Costa

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