sexta-feira, 21 de junho de 2013

Causa da morte de policial sairá em 30 dias

Causa da morte de policial sairá em 30 dias
Correia Pinto, 22 e 23/06/2013, Correio Lageano, por Silviane Mannrich



Ari dos Santos conversou com a filha pela última vez horas antes de morrer



Em aproximadamente 30 dias, deverá ficar pronto o laudo que vai apontar a causa da morte do policial civil Ari dos Santos, de 41 anos. Ele estava no veículo da namorada, que dirigia o carro que se envolveu em um acidente de trânsito, na BR-116, em Correia Pinto na última segunda-feira (17). A polícia civil apresentou, na quarta-feira (19), os suspeitos de terem cometido o homicídio. A namorada de Ari, Maharish Blue Amaral da Silva, 39 anos, e do amante dela, Geovan Brasil de Oliveira, 40 anos.



Segundo o delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC), Sérgio Roberto de Souza,  o material foi enviado pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) para ser analisado em Florianópolis. “Normalmente os laudos ficam prontos em dez dias, porém pela complexidade do caso, levará mais tempo para ser analisado”, afirma o delegado.



Na quinta-feira, os policiais civis ouviram a filha de Ari, que não teve o nome divulgado. Em depoimento à polícia, ela disse que conversou com o pai por telefone por volta das 16 horas de segunda. Ela falou que sentiu que o pai estava com a voz fraca e perguntou se ele estava bem. Ari disse para a filha que estava com tontura, enjoo e não estava bem.



Logo depois dessa conversa a ligação teria caído. Outra testemunha ouvida foi a namorada de Geovan, que sabia do envolvimento dele com Maharish. Ela disse que, na manhã de terça-feira, Geovan a procurou e pediu dinheiro emprestado. Ele disse que precisava sumir porque tinha cometido um vacilo.




Ainda de acordo com Sérgio Souza, não há duvidas de que Maharish e Geovan tenham cometido o crime. “Além dos testemunhos e vários indícios, no último depoimento eles fizeram uma confissão indireta, pois os dois afirmaram que estavam no local do crime e que a intenção deles era se livrar do corpo juntos”, destaca.



Polícia Rodoviária ajudou na investigação



A Polícia Rodoviária Federal (PRF) contribuiu com as investigações do acidente. A colisão lateral envolveu um veículo, Citroen/C3, e um caminhão, M. Benz/Atego.
O condutor do caminhão informou aos patrulheiros que a motorista do C3 havia fugido do local em um automóvel Monza, de cor escura, conduzido por um homem. Também relatou que no banco traseiro do C3 parecia haver um homem morto.



As circunstâncias do acidente intrigaram a equipe que atendeu a ocorrência (posição do policial no veículo e a condutora ter se evadido do local em outro automóvel). As informações imediatamente foram repassadas para o setor de inteligencia da PRF.




Com os dados iniciais, o serviço de inteligência conseguiu localizar e identificar o veículo Monza, chegando, dessa forma, até o proprietário do automóvel. A PRF repassou à Polícia Civil as informações sobre a localização do veículo Monza e os dados de seu proprietário.



Foto:Susana Kuster

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