sexta-feira, 19 de julho de 2013

Dados da PM confirmam que alvo de assaltantes são os idosos

Dados da PM confirmam que alvo de assaltantes são os idosos
Lages, 20 e 21/07/2013, Correio Lageano, por Silviane Mannrich




Dados da Polícia Militar confirmam que, no ano passado, 14 taxistas foram assaltados em Lages. Do início deste ano até agora, foram dois. Os assaltos acontecem, principalmente, à noite e as vítimas, na sua maioria, são idosas.



O crime mais recente aconteceu na noite de quinta-feira. O taxista M.W, de 61 anos, que trabalha no ponto de táxi na rua Coronel Córdova, ao lado do terminal urbano, teve seu carro roubado e foi ferido na cabeça.




O taxista foi abandonado no loteamento Caroba, bairro Santa Mônica, depois de ter sido assaltado. Ele ligou para Polícia Militar (PM) para pedir ajuda e relatou que dois homens entraram no táxi e pediram uma corrida até o bairro Santa Mônica.



No final do loteamento Caroba, em uma rua pouco iluminada, eles anunciaram o assalto. Um dos criminosos chegou a  ameaçar que ia atirar na cabeça do taxista. Mesmo sem ver uma arma, o motorista declarou que os assaltantes podiam levar o que quisessem. Apesar disso, foi golpeado várias vezes na cabeça e sofreu três cortes.



Os assaltantes levaram o veículo Fiat Uno, placas MDC-5123, de Lages, a carteira do motorista com documentos e aproximadamente R$ 200,00 ganhos com as corridas feitas durante o todo aquele dia.



Algum tempo depois, a equipe da PM encontrou o veículo abandonado na rua Professor Simplício, loteamento Gralha Azul (bairro Petrópolis), nas proximidades do acesso à BR-116.  Até agora, ninguém foi preso.



Dicas de segurança



O tenente da polícia militar, Marco Antonio Marafon Junior, ressalta que os taxistas devem ficar atentos para o comportamento dos passageiros: se não possuem nenhum tipo de armamento, se demonstram atitudes suspeitas como nervosismo e alterações; e ainda evitar locais ermos. “É importante que o taxista não encare o passageiro e se for assaltado não reaja e tente ao máximo buscar características físicas do assaltante”, afirma o tenente.



Medo é o sentimento entre esses profissionais


Pelo menos 12 taxistas trabalham no ponto próximo ao terminal urbano. Entre eles, o taxista Osvaldo Pereira, de 68 anos, ele disse que está com medo, mas não pretende parar de trabalhar. “Converso com as pessoas antes de fazer a corrida, tento perceber se estão com má intenção ou não. Eu nunca fui assaltado, mas alguns foram até três vezes”, comenta o taxista.



Rogério dos Santos, de 66 anos, também trabalha no mesmo ponto há três anos e para evitar assaltos realiza corridas até as 20 horas. “Como a nossa aposentadoria é muito pequena, precisamos trabalhar mesmo depois de aposentados. Nunca fui assaltado, mas não temos como prever quando isso pode acontecer, pois as aparências enganam”, afirma Rogério.



Sebastião Delfes, 68 anos, é taxista há dois e foi assaltado uma vez. “Eu não fui agredido, mas o assaltando fez ameaças. Levaram apenas o meu dinheiro. Ele disse que queira ir em um local e depois, mudou a rota, nesse momento eu desconfiei do assalto”, disse Sebastião.



Foto: Silviane  Mannrich

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