Falta de leitos é problema crônico e Estado não se pronuncia.
Pouco mais de dez dias após a publicação da primeira matéria que relatava a falta de leitos em Lages, a reportagem do Correio Lageano voltou ao Pronto Atendimento Municipal Tito Bianchini (PAMTB). De acordo com a gerência do local, somente nesta quarta-feira (27), 20 pessoas aguardavam por internamento, 15 em tratamento domiciliar e cinco delas no próprio pronto socorro.
O Tito Bianchini atende em média, 400 pessoas, por dia. Os pacientes que aguardam internamento no local, acabam tirando uma parte do espaço físico destinado aos atendimento. A aposentada Maria do Carmo dos Santos, 72 anos, está no pronto socorro desde o último dia 22, aguardando um leito para pneumologia. Ela tem diabetes, problemas cardíacos e está com pontada.
Por ser idosa, Maria tem direito a acompanhante, por isso, no momento da reportagem, sua filha, Vera Lúcia Santos, 42 anos, estava com ela. Assim como ela, outros quatro pacientes aguardavam que um leito vagasse no Hospital Tereza Ramos ou no Nossa Senhora dos Prazeres.
De acordo com a gerente do PAMTB, Patrícia Rosa, para melhor atender à demanda de pacientes, a estrutura física do pronto socorro está sendo ampliada e há cerca 15 dias, três médicos atendem ao público no horário de pico, das 14h às 22 horas. Antes, apenas dois faziam plantão neste horário.
O Hospital Tereza Ramos (HTR) informa que até ontem, todos os 206 leitos destinados a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), estavam lotados e não havia previsão de liberação.
Quanto ao Hospital Nossa Senhora dos Prazeres (HNSP), onde há 152 leitos destinados aos SUS, a informação não foi repassada até o fechamento desta edição. A Secretaria de Estado da Saúde foi procurada e não se posicionou sobre o assunto.
Foto:Núbia Garcia
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