São Paulo, 30/07/2012, Famosidade
Um dos principais atores do cinema nacional, Caio Blat
(Xingu), participou de um bate-papo com o público durante um evento
promovido pela prefeitura de Suzano e acabou fazendo críticas à Globo. O encontro ocorreu em maio, mas só agora o vídeo foi publicado.
Blat falou que o cinema
é a prioridade de sua carreira, mas criticou a forma como é feita a
divulgação dos filmes nacionais. “Ia ao Vídeo Show, ao programa do
Serginho Groisman para falar do filme. Achava que era um trabalho
natural de divulgação, foi quando descobri que essas coisas são pagas.
Quando vou ao Programa do Jô fazer uma entrevista, isso é considerado
uma ação de merchandising, não é jornalismo”, afirma.
Blat ainda criticou o monopólio na indústria cinematográfica nacional. “Se você não fechar com a Globo Filmes, seu filme morreu. Não vai aparecer na TV Globo, não vai aparecer nas revistas, seu filme vai ficar alienado”, criticou.
O ator foi além e disse que ficou “enojado, horrorizado”, ao descobrir,
ao trabalhar como produtor, como funciona o processo de distribuição.
Ele explica que a Globo Filmes injeta dinheiro, mas a primeira parte da arrecadação sempre vai para a produtora.
“É um adiantamento que estamos fazendo. Olha o que eles dizem!
Adiantamento fez quem realizou o filme, investiu muito antes”, afirmou
ele, antes de questionar: “O que a Globo
faz? Quanto ela gastou para fazer esse ‘investimento’? Nada. O programa
deles tem que acontecer todos os dias, eles precisam de gente para ser
entrevistada. (A Globo)
Não gastou nenhum centavo. Aí ela vai à bilheteria do filme, seu filme
conseguiu fazer R$ 1 milhão, você está devendo R$ 4 (milhões). O
produtor nunca vê um centavo”.
O ator explicou ainda que a Televisão, para ele, é apenas um meio para o artista se sustentar, pois só o cinema
não é suficiente. Ele citou exemplos de atores como Bruno Gagliasso e
Cauâ Raymond que pedem dicas a ele sobre como ter uma boa carreira nas
telonas. "Eu falo pra eles: 'Claro (que você não consegue fazer filmes),
você faz uma novela por ano, aceita tudo que eles pedem, não dá tempo
do público esquecer'. Só que é difícil deixar isso de lado quando você
está ganhando dinheiro e recebendo atenção", explica.
Ele cita o exemplo de Selton Melo. "Ele só conseguiu a independência
financeira por causa da publicidade. Faz um comercial por ano e é o
suficiente para ele ter liberdade artística", disse.
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