A greve dos bancários começa nesta terça-feira em todo o país. No entanto, em Lages, as agências continuam abertas
Nesta terça-feira (18)os bancários da regional de Lages se reúnem no salão paroquial da igreja Santa Cruz, a partir das 18h30min. Na Assembleia Geral Extraordinária Permanente, os funcionários decidirão se aderem à greve nacional por tempo indeterminado.
O presidente do Sindicato dos Bancários em Lages, Renato Dambroz, afirma que a possibilidade de greve entre os bancários de Lages e da Serra Catarinense não é descartada. “Tudo vai depender do que for decidido na assembleia. Por enquanto, as agências continuam funcionando normalmente”, destaca.
Os bancários reivindicam reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%), piso salarial de R$ 2.416,38 (atualmente é R$ 1,4 mil), participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 4.961,25 fixos, plano de cargos e salários, elevação para R$ 622,00 nos valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição.
Na semana passada, a categoria rejeitou a proposta dos banqueiros de reajuste de 6% (0,58% de aumento real). Os bancários também reivindicam mais contratações, proteção contra demissões sem motivos e fim da rotatividade. Outra reivindicação é o fim das metas abusivas e o combate ao assédio moral.
Nacionamente, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf) e coordenador do Comando Nacional de Greve, Carlos Cordeiro, disse que a expectativa é que a paralisação dos bancários, marcada para ter início nesta terça-feira, seja longa.
Para ele, até o momento, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda não apresentou uma contraproposta que atenda às reivindicações dos bancários. A greve dos bancos em 2011, que envolveu mais de 10 mil agências em todo o país (correspondente a 50% do total de agências em atividade), foi considerada a maior já feita pela categoria nos últimos 20 anos.
Em Lages, a categoria aderiu a paralisação no dia 30 de setembro e a greve durou 17 dias. No ano passado, o piso dos bancários teve reajuste de 12%, o que significou um aumento real de 4,3%, passando de R$ 1.250,00 para R$ 1.400,00.
Foto:Silviane Mannrich
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