Em 2011, 153.565 vítimas foram internadas nos hospitais brasileiros.
O acidente envolvendo um carro e um caminhão no KM 234 da BR-470, no final da tarde da última quinta-feira (13), em São Cristóvão do Sul, que matou quatro pessoas, ajudou a engrossar as estatíticas de tragégias no trânsito do Brasil. Na avaliação da Confederação Nacional de Municípios (CNM), o trânsito do país passa por uma “epidemia.
Segundo estudo apresentado esta semana no Seminário Políticas para o Trânsito Seguro de Motos que acontece na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal, só no ano passado foram internadas em hospitais da rede pública 153.565 vítimas de acidentes de trânsito, que custaram R$ 200 milhões aos cofres públicos.
A pesquisa mostra que 30% dos leitos dos prontos-socorros são ocupados por vítimas de acidentes. Além disso, 25% dos condutores que dão entrada nos hospitais morrem. Do total das internações, praticamente a metade (48%), envolveu motociclistas.
Para a CNM, o governo federal, que concentra o maior volume de recursos, não prioriza os investimentos em educação e segurança do Trânsito. Mais de R$ 1 milhão anuais do Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (Funset) são contigenciados pelo governo, permanecendo no caixa único.
Outra vertente da solução para atenuar os problemas no trânsito diz respeito à sistemática adotada nos processos de habilitação de motociclistas. Conforme defende o órgão, é preciso reforçar treinamentos de pilotagem defensiva e tornar mais efetivas as reciclagens para condutores que cometeram infrações.
Além disso, para a CNM a fiscalização é ineficiente. A entidade avalia que a formação dos condutores, com apenas 30 horas aula, é insuficiente e não há aula prática nas vias públicas. Mudanças na legislação de trânsito também é defendida, pois o Código Brasileiro de Trânsito (CTB) se constituiu em excesso de norma cujo cumprimento não é fiscalizado.
Arquivo/CL
Nenhum comentário:
Postar um comentário