terça-feira, 23 de outubro de 2012

Situação volta ao normal após temporal em Lages

Lages, 24/10/2012, Correio Lageano, por Núbia Garcia




Na manhã desta terça-feira (23), a situação já voltava a se normalizar em Lages, após a ocorrência de um temporal, ocorrido por aproximadamente duas horas na noite de segunda-feira (22), tendo provocado alagamento em diversos pontos da cidade. O Rio Carahá, que transbordou em alguns trechos, também já havia voltado ao seu leito. De acordo com a Defesa Civil, foram cerca de dez bairros atingidos, mas nenhuma família ficou desalojada ou desabrigada.


Informações da Defesa Civil apontam que foram registradas a ocorrência de alagamentos nos bairros Passo Fundo, São Vicente, São Sebastião, Gethal, Sagrado Coração de Jesus, Novo Tempo, Caroba, Guarujá e também no Centro, nas proximidades da Apae. No bairro Gralha Azul, houve registro da queda de uma árvore e de um muro, por causa das rajadas de vento.


Um dos bairros mais afetados, segundo a Defesa Civil, foi o Passo Fundo, onde um riacho transbordou e alagou diversas casas. A residência da dona de casa Indianara da Silva Urbano, e a casa de sua mãe, foram invadidas pela água, que subiu cerca de 50 centímetros.


Nas duas casas, moram dez pessoas e os prejuízos não foram pequenos. Colchões, eletrodomésticos, roupas e até mesmo alimentos ficaram estragados pelas águas. “Perdi muitas roupas do meu filho. Elas ficaram sem ter como recuperar por causa do barro”, conta ela, que é mãe de um menino de 4 meses.


Morador do bairro Gethal, Antônio de Souza Lima, conta que diversas casas, nas proximidades do Rio Ponte Grande, foram atingidas. “Isso aconteceu porque a terra das obras da BR-282 entupiram os boeiros. No domingo (21) eu estive olhando o local e vi que havia muita terra nos boeiros”, comenta.


De acordo com o coordenador da Defesa Civil em Lages, Cesário Flores, nos bairros próximos à BR-282, a terra proveniente das obras das marginais da rodovia, juntamente com o lixo descartado incorretamente por moradores, contribuíram para o entupimento de alguns boeiros e, consequentemente, os alagamentos.


“Constatamos uma grande quantidade de lixo próximo ao leito dos rios e, por causa da chuva forte, ele também contribuiu para entupir os boeiros e fazer a água subir”, conta.


Além dos bairros onde houve alagamentos de maior dimensão, Cesário acredita que pode ter havido alagamentos, de pequenas proporções, em diversos outros pontos da cidade, que não foram notificados à Defesa.


O coordenador ressalta que, em situações como esta, cabe à Defesa Civil contatar o problema, prestar o primeiro atendimento às famílias envolvidas e dar os encaminhamentos necessários. “Não é nossa função fazer a limpeza de boeiros, por exemplo. Para isso, nós identificamos os problemas e, posteriormente, notificamos as secretarias responsáveis para que tomem as medidas”, completa.


Tempo deve melhorar, mas chuva volta no final de semana



Segundo o engenheiro agrônomo da Climaterra, Ronaldo Coutinho,na segunda-feira (22) choveu cerca de 67 milímetros em apenas duas horas e as rajadas de vento chegaram a 67 km/h. Segundo ele, o tempo, que começou a melhorar no início da tarde de ontem, tende a ficar bom de hoje até sexta-feira.


Para o final de semana, há chances de pancadas de chuva, parecidas com as de verão, entre o final da tarde e início da noite.


A Epagri/Ciram, órgão que monitora o clima em Santa Catarina, indica que hoje uma massa de ar seco deixa o tempo estável com predomínio de sol em todo Estado, as temperaturas ficam em elevação no decorrer do dia.



Chuva deixa 7.500 unidades sem energia




A chuva, o vento forte e as descargas elétricas provocaram problemas no abastecimento de energia elétrica de 7.500 unidades consumidoras de municípios atendidos pela Regional Lages da Celesc.


Na manhã desta terça-feira (23), 25 equipes de técnicos percorreram as redes para localizar e sanar os problemas.


A assessoria de comunicação da Celesc em Lages informou que as áreas mais afetadas incluem localidades rurais de Bom Retiro, Urubici, Santa Cecília, Celso Ramos e São Joaquim. Já nas áreas urbanas os serviços foram mantidos sob controle.

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