Lages, 10 e 11/11/2012,Correio Lageano, por Silviane
Mannrich
Se aprovado, o projeto começa a vigorar em 2013 e os dados ficarão disponíveis em todo o Brasil.
Foi publicado no Diário Oficial da União, o decreto de regulamentação do Cadastro Positivo, que lista os bons pagadores no país. O sistema poderá permitir que brasileiros que pagam suas contas em dia adquiram crédito com juros mais baixos.
“O projeto deve entrar em vigor a partir de 2013, o cadastro positivo é uma espécie de listagem dos bons pagadores, então vai ter um banco de dados no país com a relação das pessoas ou empresas que pagam em dia, que honram seus compromissos. A criação deste histórico visa que essas pessoas ou essas empresas tenham uma negociação diferenciada com os bancos. Pois se o risco de inadimplência é menor os juros também podem ser mais baixos, porque são baseados no índice de inadimplência”, explica o coordenador regional do Sebrae, Altenir Agostini.
Ainda segundo Altenir, o Sebrae irá participar no que diz respeito à elaboração de propostas, mais focadas para as micro e pequenas empresas. “As microempresas, na maioria das vezes, estão focadas na figura do empreendedor, então se ele recém se formalizou ou é uma empresa que esta há pouco tempo no mercado não tem um histórico financeiro ainda definido, para poder negociar com um juro mais baixo. Então o Sebrae irá auxiliar neste sentido”, ressalta.
Entre os dados que ficarão disponíveis para consulta estão o saldo, a data e o valor da concessão de crédito, o histórico de pagamentos de dívidas e as parcelas não pagas. O consumidor pode pedir ao banco de dados que inclua a informação, por exemplo, que determinada parcela de financiamento ou dívida não foi paga porque está sendo questionada na Justiça.
A lei que criou o cadastro foi aprovada pelo Senado Federal em dezembro de 2010 e sancionada com vetos pela presidente Dilma Rousseff em junho do ano passado.
Microempresários têm dificuldades de conseguir crédito
Se aprovado, o projeto começa a vigorar em 2013 e os dados ficarão disponíveis em todo o Brasil.
Foi publicado no Diário Oficial da União, o decreto de regulamentação do Cadastro Positivo, que lista os bons pagadores no país. O sistema poderá permitir que brasileiros que pagam suas contas em dia adquiram crédito com juros mais baixos.
“O projeto deve entrar em vigor a partir de 2013, o cadastro positivo é uma espécie de listagem dos bons pagadores, então vai ter um banco de dados no país com a relação das pessoas ou empresas que pagam em dia, que honram seus compromissos. A criação deste histórico visa que essas pessoas ou essas empresas tenham uma negociação diferenciada com os bancos. Pois se o risco de inadimplência é menor os juros também podem ser mais baixos, porque são baseados no índice de inadimplência”, explica o coordenador regional do Sebrae, Altenir Agostini.
Ainda segundo Altenir, o Sebrae irá participar no que diz respeito à elaboração de propostas, mais focadas para as micro e pequenas empresas. “As microempresas, na maioria das vezes, estão focadas na figura do empreendedor, então se ele recém se formalizou ou é uma empresa que esta há pouco tempo no mercado não tem um histórico financeiro ainda definido, para poder negociar com um juro mais baixo. Então o Sebrae irá auxiliar neste sentido”, ressalta.
Entre os dados que ficarão disponíveis para consulta estão o saldo, a data e o valor da concessão de crédito, o histórico de pagamentos de dívidas e as parcelas não pagas. O consumidor pode pedir ao banco de dados que inclua a informação, por exemplo, que determinada parcela de financiamento ou dívida não foi paga porque está sendo questionada na Justiça.
A lei que criou o cadastro foi aprovada pelo Senado Federal em dezembro de 2010 e sancionada com vetos pela presidente Dilma Rousseff em junho do ano passado.
Microempresários têm dificuldades de conseguir crédito
O microempresário Glauber Beranger reclama que os juros
para os empreendedores são muito altos e que há dificuldade para conseguir
financiamentos para poder ampliar o seu negócio. Além de uma empresa prestadora
de serviços, Glauber possui uma empresa que fabrica bebedouros, no entanto não
consegue produzir muitas peças por mês. “Hoje se eu for no banco não consigo um
empréstimo de R$ 200 mil, por exemplo, que é o valor que eu preciso para poder
comprar a matéria-prima, e vender o produto com um prazo maior. Isso acaba
desestimulando os investimentos”, ressalta o empresário.
Hoje, com as duas empresas e entrando em mais um novo nicho
de mercado com a venda de motores a gasolina, como, roçadeiras, cortadores de
grama, entre outros, Glauber emprega nove pessoas, no entanto, se conseguisse
ampliar a fábrica de bebedouros poderia empregar até 30 pessoas. “Espero que com
a aprovação deste projeto eu possa conseguir os financiamentos que necessito,
pois ainda quero chegar lá”, fala otimista o empresário.
Ele, lembra, ainda que os empresários deveriam ser
incentivados como os trabalhadores rurais. “Eles pagam juros de 5% ao ano, têm
prazos maiores, podem pagar depois que comercializam seus produtos, têm seguros
para a produção e outros benefícios, os empresários também deveriam ter mais
benefícios do governo, pois como está fica muito difícil uma empresa evoluir
para média ou grande empresa”, ressalta Glauber.
Mais de cem mil pessoas já se formalizaram em SC
O Sebrae da Serra Catarinense atende 29 municípios,
principalmente no que diz respeito à formalização do empreendedor individual.
Em Santa Catarina os números já ultrapassaram 100 mil. Na serra já são 6,5 mil
formalizações desde a metade de 2009. A meta de pessoas formalizadas deste ano
já foi atingida em junho. Só em Lages já são mais de 2,7 mil pessoas que saíram
da informalidade. Entre eles pintores, eletricistas e artesãos, e demais
profissões.
“Com a formalização, o empreendedor individual possui
CNPJ, pode emitir nota fiscal, comprar diretamente de fornecedores, atacadistas,
indústrias, o que normalmente rende desconto, e não necessita de um
atravessador que tenha nota. Comprando direto, reduz o custo das mercadorias e
produtos”, explica Altenir Agostini.
O empreendedor formal também poderá se aposentar, ter
direito ao auxílio doença, ou auxílio maternidade se for mulher, e uma série de
benefícios previdenciários. Para se formalizar a pessoa precisa ter um
rendimento de R$ 60 mil ao ano, o custo é muito baixo, ela abre a empresa
gratuitamente com os contadores que são credenciados, ou no Sebrae.
O custo por mês será em torno de R$ 30 a R$ 36, e tem a obrigação de uma
vez por ano realizar uma prestação de contas que pode ser feita no Sebrae. É uma
declaração de rendimento, mostrando naquele ano o quanto ela faturou. Quando o
faturamento passa de R$ 60 mil por ano há a migração para ser uma
microempresa.
Foto:Silviane Mannrich
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