Correia Pinto, 16/01/2013,Correio Lageano, por Adecir Morais
Sob ameaça, vítimas foram torturadas e agredidas dentre da própria casa. Bens foram roubados
Um crime violento em Correia Pinto, na Serra Catarinense, chocou a comunidade. Dois homens vestidos como policiais invadiram uma residência na localidade de São Pedro, no interior do município, renderam três vítimas, dois idosos e o filho do casal, roubaram pertences e fugiram.
Os ladrões chegaram por volta das 20 horas de segunda-feira. Encapuzados e armados com revólveres, eles renderam o filho no pátio da casa. Com a arma apontada para a cabeça, o homem de 36 anos foi levado para a residência de seus pais, que fica ao lado. Dentro da casa dos idosos, os assaltantes renderam os três.
As vítimas foram colocadas de bruços no chão da sala e tiveram os pulsos amarrados com lacre de plástico. Enquanto um dos criminosos ficou vigiando as vítimas, outro revirava a casa. “Eles chegaram exigindo drogas e armas. Acho que já sabiam o que queriam”, relatou uma das vítimas.
Depois, a dupla trancou a família no banheiro e fugiu com o carro das vítimas, levando dinheiro, cheques, dentre outros objetos.
Bando levou até o carro das vítimas
O bando levou um tablet, um forno, uma lixadeira, uma furadeira, duas máquinas de costura, uma espingarda (rifle calibre 22), R$ 5 mil em espécie, dois talões de cheque, joias, relógios, roupas, cartão de crédito, dois celulares, e um automóvel Celta.
O carro foi encontrado por populares ontem à tarde perto do local do roubo, mas o restante dos objetos não foi encontrado. A ousadia dos bandidos foi tamanha que chegaram a levar até carne do freezer. Na cozinha, eles também comeram antes de fugir. As vítimas conseguiram se libertar aproximadamente três horas depois para avisar a PM, que fez rondas no local, mas não localizou nenhum dos assaltantes.
Após a fuga, os criminosos chegaram a fazer um saque de R$ 1 mil no banco em Correia Pinto. Ontem, a família registrou um boletim de ocorrência na Delegacia. O delegado Fabiano Henrique Schimitt disse que as investigações estão bem adiantadas. Sem fornecer maiores detalhes, adianta que até o final de semana deve ter novidades sobre o caso.
Maria Valcir Rodrigues
Uma das vítimas, a aposentada Maria Valcir Rodrigues, de 65 anos lembra os momentos de medo, apreensão e humilhação que a família viveu nas mãos dos criminosos.
Correio Lageano - Como é que tudo começou?
Maria Valcir - Eles abordaram meu menino perto da casa dele, que fica a 100 metros da nossa, algemaram as mãos e o trouxeram de cabeça baixa. Em seguida, renderam meu marido e invadiram nossa casa.
CL: O que pediam?
Maria: Chegaram exigindo arma e droga e dizendo que eram da polícia do Paraná. Aí meu filho disse que não usava drogas. Um pulou a janela e me obrigou a abrir a porta, quando o segundo entrou.
CL:O que a senhora estava fazendo?
Maria: Quando eles chegaram, eu estava cortando uma carne para colocar no fogo para o jantar. Aí um deles encostou a arma no meu pescoço e pediu para baixar a cabeça. A essa altura, o marido e filho já estavam rendidos.
CL:E depois?
Maria: Fizeram nós deitarmos no chão da sala, onde ficamos por meia hora na mira das armas. Um deles foi ao quarto, arrancou a fronha dos travesseiros e colocou na cabeça de meu marido e filho. Enquanto isso, eu ficava com a cabeça baixa.
CL:E que pensava na hora?
Maria: Pensava que a força de Deus era maior, e que não iria acontecer nada com a gente.
CL:Qual foi o momento de maior medo da família?
Maria: Foi quando eles levaram meu marido para fora, apontaram a arma na cabeça dele, atiraram três vezes, mas acho que o revólver falhou. Acho que estava sem bala.
CL:A senhora acha que levaram seu esposo para fora para matar?
Maria: Não. Acho que eles só queriam assustar.
Relembre o caso
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Fotos: Adecir Morais
Sob ameaça, vítimas foram torturadas e agredidas dentre da própria casa. Bens foram roubados
Um crime violento em Correia Pinto, na Serra Catarinense, chocou a comunidade. Dois homens vestidos como policiais invadiram uma residência na localidade de São Pedro, no interior do município, renderam três vítimas, dois idosos e o filho do casal, roubaram pertences e fugiram.
Os ladrões chegaram por volta das 20 horas de segunda-feira. Encapuzados e armados com revólveres, eles renderam o filho no pátio da casa. Com a arma apontada para a cabeça, o homem de 36 anos foi levado para a residência de seus pais, que fica ao lado. Dentro da casa dos idosos, os assaltantes renderam os três.
As vítimas foram colocadas de bruços no chão da sala e tiveram os pulsos amarrados com lacre de plástico. Enquanto um dos criminosos ficou vigiando as vítimas, outro revirava a casa. “Eles chegaram exigindo drogas e armas. Acho que já sabiam o que queriam”, relatou uma das vítimas.
Depois, a dupla trancou a família no banheiro e fugiu com o carro das vítimas, levando dinheiro, cheques, dentre outros objetos.
Bando levou até o carro das vítimas
O bando levou um tablet, um forno, uma lixadeira, uma furadeira, duas máquinas de costura, uma espingarda (rifle calibre 22), R$ 5 mil em espécie, dois talões de cheque, joias, relógios, roupas, cartão de crédito, dois celulares, e um automóvel Celta.
O carro foi encontrado por populares ontem à tarde perto do local do roubo, mas o restante dos objetos não foi encontrado. A ousadia dos bandidos foi tamanha que chegaram a levar até carne do freezer. Na cozinha, eles também comeram antes de fugir. As vítimas conseguiram se libertar aproximadamente três horas depois para avisar a PM, que fez rondas no local, mas não localizou nenhum dos assaltantes.
Após a fuga, os criminosos chegaram a fazer um saque de R$ 1 mil no banco em Correia Pinto. Ontem, a família registrou um boletim de ocorrência na Delegacia. O delegado Fabiano Henrique Schimitt disse que as investigações estão bem adiantadas. Sem fornecer maiores detalhes, adianta que até o final de semana deve ter novidades sobre o caso.
Maria Valcir Rodrigues
Uma das vítimas, a aposentada Maria Valcir Rodrigues, de 65 anos lembra os momentos de medo, apreensão e humilhação que a família viveu nas mãos dos criminosos.
Correio Lageano - Como é que tudo começou?
Maria Valcir - Eles abordaram meu menino perto da casa dele, que fica a 100 metros da nossa, algemaram as mãos e o trouxeram de cabeça baixa. Em seguida, renderam meu marido e invadiram nossa casa.
CL: O que pediam?
Maria: Chegaram exigindo arma e droga e dizendo que eram da polícia do Paraná. Aí meu filho disse que não usava drogas. Um pulou a janela e me obrigou a abrir a porta, quando o segundo entrou.
CL:O que a senhora estava fazendo?
Maria: Quando eles chegaram, eu estava cortando uma carne para colocar no fogo para o jantar. Aí um deles encostou a arma no meu pescoço e pediu para baixar a cabeça. A essa altura, o marido e filho já estavam rendidos.
CL:E depois?
Maria: Fizeram nós deitarmos no chão da sala, onde ficamos por meia hora na mira das armas. Um deles foi ao quarto, arrancou a fronha dos travesseiros e colocou na cabeça de meu marido e filho. Enquanto isso, eu ficava com a cabeça baixa.
CL:E que pensava na hora?
Maria: Pensava que a força de Deus era maior, e que não iria acontecer nada com a gente.
CL:Qual foi o momento de maior medo da família?
Maria: Foi quando eles levaram meu marido para fora, apontaram a arma na cabeça dele, atiraram três vezes, mas acho que o revólver falhou. Acho que estava sem bala.
CL:A senhora acha que levaram seu esposo para fora para matar?
Maria: Não. Acho que eles só queriam assustar.
Relembre o caso
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Fotos: Adecir Morais
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