Lages, 04/01/2013, Correio Lageano, por Adecir Morais
Paulo Paim será indiciado por homicídio qualificado, cuja pena varia de seis a 20 anos de prisão
“Assassino”, gritou um homem que acompanhava a reconstituição da morte do aposentado Antônio Paim, de 71 anos, ontem à tarde, no Centro de Lages. A hostilidade era contra Paulo Henrique Paim, 33 anos, filho e homicída confesso do pai.
A reconstituição do crime ocorreu ontem à tarde, na casa da vítima, onde ocorreu o assassinato, na Rua Manoel Thiago de Castro, próximo à Praça Joca Neves, e foi coordenada pela Divisão de Investigação Criminal de Lages (DIC). Antônio foi morto a facadas no dia 22 de novembro do ano passado.
O trabalho envolveu seis policiais civis e dois peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP). Durante uma hora, Paulo revelou detalhes da execução do próprio pai. Ele está preso temporariamente no Presídio Regional I de Lages, desde 20 de dezembro.
Ao lado dos policiais e algemado, o homicida refez o mesmo caminho percorrido por ele e o pai momentos antes do crime, entre o bar e a casa da vítima, um trajeto de 200 metros.
Os detalhes chamaram a atenção, e um dos instantes mais marcantes foi quando ele mostrou como se livrou da faca usada no crime, deixada enrolada numa camisa na Rua Afonso Ribeiro, próximo à casa da família.
O delegado Márcio Schutz, que coordenou os trabalhos, disse que a reprodução é importante para polícia entender como ocorreu o crime, esclarecendo controvérsias.
“Estamos concluindo o caso e o que está sendo apurado na reconstituição fará parte do inquérito a ser entregue à Justiça”, explicou.
Versão mantida
Márcio Schutz destacou que Paulo reforça a versão de que cometeu o crime porque o pai queria matar a mulher, filha e neto para passar os bens para ele, a mesma dada quando foi preso.
Segundo Shultz, o homicída está colaborando com as investigações, tem emprego e residência e é primário, o que pode favorecê-lo judicialmente. Paulo deverá ser indiciado por homicídio qualificado, por motivo cruel, podendo ser condenado à pena de 6 a 20 anos de prisão. O delegado afirmou que ele assume a autoria do crime, no entanto, alega não recordar quantas facadas teria desferido contra o pai. “Ele lembra apenas de um golpe”, comentou.
Como foi o homicídio
Irmão do fundador da festa do Pinhão
Antônio Paim morava com a mulher, dois filhos e um neto. Natural de Vacaria (RS), veio para Lages ainda adolescente e montou um bar na Avenida Luiz de Camões, no bairro Coral, onde trabalhou por cerca de 20 anos, antes de se mudar para o Centro, onde instalou um bar na Rua Marechal Deodoro.
Uma de suas paixões era o tradicionalismo, tanto que mantinha em seu bar alguns apetrechos gauchescos, como montaria e fotos de animais, principalmente cavalos, além de chapéu e laços. Também gostava de bailes e festas tradicionalistas. Era irmão de Aracy Paim, fundador da Festa do Pinhão, e chegou a ajudar o irmão no evento.
Era uma pessoa bem conhecida na cidade, mas segundo um familiar que preferiu não se identificar, era “esquisito” e tinha poucos amigos. A família tinha uma convivência difícil e com muitas brigas. Pai e filho bebiam, segundo informações. Antônio tinha vários problemas de saúde, tanto que havia sido submetido a uma cirurgia de intestino recentemente.
Foto:Adecir Morais
Paulo Paim será indiciado por homicídio qualificado, cuja pena varia de seis a 20 anos de prisão
“Assassino”, gritou um homem que acompanhava a reconstituição da morte do aposentado Antônio Paim, de 71 anos, ontem à tarde, no Centro de Lages. A hostilidade era contra Paulo Henrique Paim, 33 anos, filho e homicída confesso do pai.
A reconstituição do crime ocorreu ontem à tarde, na casa da vítima, onde ocorreu o assassinato, na Rua Manoel Thiago de Castro, próximo à Praça Joca Neves, e foi coordenada pela Divisão de Investigação Criminal de Lages (DIC). Antônio foi morto a facadas no dia 22 de novembro do ano passado.
O trabalho envolveu seis policiais civis e dois peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP). Durante uma hora, Paulo revelou detalhes da execução do próprio pai. Ele está preso temporariamente no Presídio Regional I de Lages, desde 20 de dezembro.
Ao lado dos policiais e algemado, o homicida refez o mesmo caminho percorrido por ele e o pai momentos antes do crime, entre o bar e a casa da vítima, um trajeto de 200 metros.
Os detalhes chamaram a atenção, e um dos instantes mais marcantes foi quando ele mostrou como se livrou da faca usada no crime, deixada enrolada numa camisa na Rua Afonso Ribeiro, próximo à casa da família.
O delegado Márcio Schutz, que coordenou os trabalhos, disse que a reprodução é importante para polícia entender como ocorreu o crime, esclarecendo controvérsias.
“Estamos concluindo o caso e o que está sendo apurado na reconstituição fará parte do inquérito a ser entregue à Justiça”, explicou.
Versão mantida
Márcio Schutz destacou que Paulo reforça a versão de que cometeu o crime porque o pai queria matar a mulher, filha e neto para passar os bens para ele, a mesma dada quando foi preso.
Segundo Shultz, o homicída está colaborando com as investigações, tem emprego e residência e é primário, o que pode favorecê-lo judicialmente. Paulo deverá ser indiciado por homicídio qualificado, por motivo cruel, podendo ser condenado à pena de 6 a 20 anos de prisão. O delegado afirmou que ele assume a autoria do crime, no entanto, alega não recordar quantas facadas teria desferido contra o pai. “Ele lembra apenas de um golpe”, comentou.
Como foi o homicídio
- Por volta das 13h30min, do dia 22 de novembro, Antônio Paim, de 71 anos, foi encontrado esfaqueado dentro de casa.
- O Samu foi chamado e constatou que a vítima já se encontrava sem vida. O IGP esteve no local e revelou, mais tarde, que ele sofreu 16 facadas.
- Os vizinhos informaram que a vítima vinha sofrendo com uma séria crise depressiva.
- Antônio morava com a mulher, filhos e neto. Foi a filha da vítima, Claudia Ângela Paim, 45 anos, quem chamou a polícia.
- Em um primeiro momento, ventilou-se a possibilidade de suicídio, mas a versão cai por terra devido ao número excessivo de perfurações.
- Paulo Paim foi preso no dia 20 do mês passado, depois de a DIC ouvir testemunhas e descobrir que ele era o autor do homicídio.
- No dia anterior ao crime, ele contou para família que não aguentava mais conviver com o pai.
- Imagens do sistema de videomonitoramento da PM mostraram pai e filho indo para casa juntos e, depois, Paulo saindo sozinho. Ele voltou mais tarde, se fez de surpreso e tentou reanimar o pai.
Irmão do fundador da festa do Pinhão
Antônio Paim morava com a mulher, dois filhos e um neto. Natural de Vacaria (RS), veio para Lages ainda adolescente e montou um bar na Avenida Luiz de Camões, no bairro Coral, onde trabalhou por cerca de 20 anos, antes de se mudar para o Centro, onde instalou um bar na Rua Marechal Deodoro.
Uma de suas paixões era o tradicionalismo, tanto que mantinha em seu bar alguns apetrechos gauchescos, como montaria e fotos de animais, principalmente cavalos, além de chapéu e laços. Também gostava de bailes e festas tradicionalistas. Era irmão de Aracy Paim, fundador da Festa do Pinhão, e chegou a ajudar o irmão no evento.
Era uma pessoa bem conhecida na cidade, mas segundo um familiar que preferiu não se identificar, era “esquisito” e tinha poucos amigos. A família tinha uma convivência difícil e com muitas brigas. Pai e filho bebiam, segundo informações. Antônio tinha vários problemas de saúde, tanto que havia sido submetido a uma cirurgia de intestino recentemente.
Foto:Adecir Morais
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