Se na primeira temporada “Mulheres Ricas” estreou morno, com ritmo ralentado e certo pudor, nesta segunda leva de episódios, que estreou na última segunda-feira (7), o erro foi corrigido. Para se ter uma ideia, foram tantas as pérolas captadas pelas câmeras, não houve tempo retratar todas as participantes da vez. uma das novatas, a advogada Regina Mansur, por exemplo, só apareceu rapidamente e foi “esquecida” na abertura. O mesmo ocorreu com Val Marchiori, mais polêmica das integrantes do reality show.
Neste primeiro capítulo, houve um esforço para familiarizar o espectador com as novas famosas. Em comum: todas têm o combo necessário para ser uma celebridade no Brasil: uma boa casa para mostrar em revistas, uma penca de assessores e muita disposição para abrir a própria intimidade. No quesito audiência, a estreia rendeu um índice menor que o do ano anterior. De acordo com dados prévios do Ibope, foram 4,1 pontos de média, com 5 de pico, o que deixou as socialites em quarto lugar na disputa com outras emissoras, atrás da Globo (com 21 pontos), SBT (com 9 pontos) e Record (com 6 pontos). Em 2012, o primeiro episódio registrou 4,8 pontos de média, com 6 de pico.
A empresária Cozete Gomes, por exemplo, é aplaudida ao chegar ao trabalho, coleciona sapatos e usa uma estola de pele para ir a uma casa de shows. Modesta, não cansou de se adjetivar. Foram tantas as qualidades enumeradas que faltou espaço para citar um defeito. Já Mariana Mesquita, casada com o ex-jogador de futebol Luisão, vive o “dilema” de contar ao marido que quer retomar a carreira de atriz. Enquanto não se decide, promove festas com as amigas e diz que gosta de coisas simples, mas não um simples qualquer: ela gosta de “simples Prime”. Auto-intitulada cantora, Aileen Varejão pareceu esforçar-se para se encaixar no rótulo de princesa, disparando frases feitas (“É a bota mais linda que já vi na minha vida!” ou dizer que ninguém sabe “o que essa égua representa para mim”). Mais jovem das ricas, reclama de quem despreza seu direito vindo do meio rural, afinal, esta é uma maneira de unir “o luxo à natureza”. Mal sabe a aspirante a cantora, que a edição tratou de mostrá-la como desafinada – especialmente quando arriscou-se a cantar Whitney Houston para seu segurança.
O caso que chamou mais atenção, no entanto, foi o de Andrea Nóbrega. Ex-mulher de Carlos Alberto de Nóbrega, a socialite tratou de defender-se das críticas do humorista, que disse que ela não era rica coisa nenhuma. Por um momento, “Mulheres Ricas” pareceu “Casos de Família”. Mas, passado o climão, a loira roubou a cena ao invadir o palco de um show de Fábio Jr., roubar-lhe um beijo e ainda levar tapinhas nas ancas antes de ser retirada pelo segurança. De tão animada, pareceu emular o “joie de vivre” de Narcisa Tamborindeguy, que, por sua vez, fechou o episódio, chegando de helicóptero, sob os já famosos gritos de “Badalo!”. Sem papas na língua, a carioca, ao conhecer as novas colegas já foi disparando perguntas como “Você é maria chuteira?” ou “Você faz o que além de malhar?”, para Mariana Mesquita.
À primeira vista, de ricas “de berço” como se diz na alta sociedade, essas mulheres pouco parecem ter. Nesse sentido, o reality show poderia ser chamado de “As Emergentes”. Mas quem se importa com quanto cada uma tem de fato na conta bancária ou de onde vieram? São tantas as pérolas proferidas pelas protagonistas do programa que é impossível não ficar hipnotizado ora por sua espontaneidade, ora pela bizarrice. Há os que criticarão a produção por ser fútil ou banal, mas, não se pode negar, ela é divertida para caramba. Um problema claro, no entanto, pode ser apontado: faltam “coadjuvantes de luxo” que roubem a cena, caso de Jéssica Sayeg Sayegh (filha de Lydia Sayeg), a cadela Sissy (de Brunete) e Flávia e Dudinha (amigos de Val Marchiori), que tiveram seus momentos no ano passado.
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