Serra Catarinense, 05 e 06/01/2013, Correio Lageano, por Suzani Rovaris
Pesquisa avalia o desempenho dos serviços prestados pelo SUS e mostra que há muito o que melhorar na Serra. No país, a avaliação média é muito semelhante a constatada aqui na região
O Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS), realizado pelo Ministério da Saúde, avalia a qualidade do serviço público no Brasil. Cada município recebe uma nota de 0 a 10, conforme análise do serviço prestado. Na Serra Catarinense, nenhum atingiu a média 7. Lages chegou perto, recebeu nota 6,56. Arco-Íris (SP) recebeu a nota mais alta em todo o Brasil, 8,37.
A classificação não posiciona os municípios em ordem crescente ou decrescente, pois o Brasil é um país continental e tem uma grande diversidade demográfica, cultural, socioeconômica e geográfica. Segundo o Ministério da Saúde, para realizar uma avaliação mais justa, a análise comparativa das notas foi feita por meio dos “grupos homogêneos”. Apenas dentro deles, por apresentarem características similares entre si, é possível traçar um paralelo comparativo.
O IDSUS é composto por 24 indicadores
O IDSUS é feito através de 24 indicadores. Entre eles, a cobertura das equipes básicas de saúde, número de nascidos de mães com sete ou mais consultas de pré-natal, número de exames de mamografia e colo de útero, procedimentos ambulatoriais, proporção de parto normal, procedimentos ambulatoriais de alta complexidade, entre outras.
Ter uma nota alta, não significa que o município possui instalações de ponta, mas que garante à população o acesso necessário ao serviço público de saúde. Nos municípios pequenos, como Rio Rufino, com pouco mais de dois mil habitantes, espera-se uma atenção básica que cubra toda a população. Nas cidades grandes, como Joinville (515.288 habitantes), espera-se mais que o atendimento básico, como serviço de alta complexidade e a capacidade para atender pacientes de outras localidades.
A nota média dos municípios brasileiros é de 5,47. Isso mostra a real situação do serviço público oferecido no país. A professora de medicina da Univali e assistente social em Itajaí Aline Gonçalves da Silva diz que o serviço público tem muito a melhorar. Ela acredita que a problemática no SUS está ligada diretamente com a gestão de recursos. “Falta comprometimento dos gestores e reajuste da tabela paga de acordo com cada especialidade”, afirma.
Tabela defasada e falta de médicos
A gerente Regional de Saúde, Beatriz Montemezzo, afirma que os atendimentos pelo SUS têm melhorado gradativamente na Serra Catarinense. Algumas barreiras foram ultrapassadas, mas não significa que o SUS é o melhor serviço público, conforme a gerente.
“A maior dificuldade na região é a falta de profissionais interessados em oferecer o atendimento pelo SUS, isso porque o valor pago é muito baixo. A tabela está defasada. É impossível competir com os atendimentos particulares”, conclui.
Classificação dos principais municípios de SC
Foto:Divulgação
Pesquisa avalia o desempenho dos serviços prestados pelo SUS e mostra que há muito o que melhorar na Serra. No país, a avaliação média é muito semelhante a constatada aqui na região
O Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde (IDSUS), realizado pelo Ministério da Saúde, avalia a qualidade do serviço público no Brasil. Cada município recebe uma nota de 0 a 10, conforme análise do serviço prestado. Na Serra Catarinense, nenhum atingiu a média 7. Lages chegou perto, recebeu nota 6,56. Arco-Íris (SP) recebeu a nota mais alta em todo o Brasil, 8,37.
A classificação não posiciona os municípios em ordem crescente ou decrescente, pois o Brasil é um país continental e tem uma grande diversidade demográfica, cultural, socioeconômica e geográfica. Segundo o Ministério da Saúde, para realizar uma avaliação mais justa, a análise comparativa das notas foi feita por meio dos “grupos homogêneos”. Apenas dentro deles, por apresentarem características similares entre si, é possível traçar um paralelo comparativo.
O IDSUS é composto por 24 indicadores
O IDSUS é feito através de 24 indicadores. Entre eles, a cobertura das equipes básicas de saúde, número de nascidos de mães com sete ou mais consultas de pré-natal, número de exames de mamografia e colo de útero, procedimentos ambulatoriais, proporção de parto normal, procedimentos ambulatoriais de alta complexidade, entre outras.
Ter uma nota alta, não significa que o município possui instalações de ponta, mas que garante à população o acesso necessário ao serviço público de saúde. Nos municípios pequenos, como Rio Rufino, com pouco mais de dois mil habitantes, espera-se uma atenção básica que cubra toda a população. Nas cidades grandes, como Joinville (515.288 habitantes), espera-se mais que o atendimento básico, como serviço de alta complexidade e a capacidade para atender pacientes de outras localidades.
A nota média dos municípios brasileiros é de 5,47. Isso mostra a real situação do serviço público oferecido no país. A professora de medicina da Univali e assistente social em Itajaí Aline Gonçalves da Silva diz que o serviço público tem muito a melhorar. Ela acredita que a problemática no SUS está ligada diretamente com a gestão de recursos. “Falta comprometimento dos gestores e reajuste da tabela paga de acordo com cada especialidade”, afirma.
Tabela defasada e falta de médicos
A gerente Regional de Saúde, Beatriz Montemezzo, afirma que os atendimentos pelo SUS têm melhorado gradativamente na Serra Catarinense. Algumas barreiras foram ultrapassadas, mas não significa que o SUS é o melhor serviço público, conforme a gerente.
“A maior dificuldade na região é a falta de profissionais interessados em oferecer o atendimento pelo SUS, isso porque o valor pago é muito baixo. A tabela está defasada. É impossível competir com os atendimentos particulares”, conclui.
Classificação dos principais municípios de SC
- Blumenau 6.37
- Lages 6.56
- Florianópolis 6.67
- Itajai 7.01
- Chapecó 7.35
Foto:Divulgação
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