Lages, 19/04/2013, Correio Lageano
Para isso, a Udesc providenciou a compra emergencial de produtos para a manutenção básica das atividades hospitalares
Depois de fechar as portas na última sexta-feira, o Hospital de Clínica Veterinária do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), em Lages, será reaberto até a próxima quarta-feira. Quem garante é o diretor do CAV, Cleimon Dias.
De acordo com ele, uma compra emergencial de produtos para a manutenção básica das atividades hospitalares será realizada para que a unidade volte a funcionar o mais breve possível. “Serão comprados artigos para o atendimento emergencial como gases, esparadrapo, agulhas e seringas. A Secretaria de Saúde também vai repassar algum tipo de material que pode ser utilizado para os animais”, disse.
Uma reunião realizada na tarde de terça-feira, no CAV, contou com a presença do pró-reitor de Administração da Universidade do Estado de Santa Castarina (Udesc), Vinicius Alexandre Perucci, a diretora de Administração do CAV, Ketty Mendes, a direção do Hospital Veterinário e alunos de todos os cursos do campus.
Na oportunidade, ficou definido que seria lançada ainda esta semana uma licitação emergencial para a compra de 104 itens, entre medicamentos e materiais de uso cirúrgico para a reabertura do hospital. Somente em 2012, as receitas recebidas na conta da Udesc, via Documento de Arrecadação (Dare) do Hospital de Clínicas Veterinárias chegou a quase R$ 300 mil. No mesmo período, a inadimplência foi de mais de R$ 90 mil reais.
De acordo com o administrador do Hospital Veterinário, Gustavo Cristiano Sampaio, os materiais devem garantir o funcionamento do hospital por dois meses. “Essa compra emergencial que está sendo feita é apenas para suprir o problema por dois meses, até virem as outras compras do pregão que será feito na próxima sexta-feira (26). Estamos pegando o básico para manter ao hospital. A partir de quarta-feira já estará funcionando”, afirma Sampaio
Mobilização
Brenda Gouveia, aluna do quinto semestre de Medicina Veterinária, representa o diretório estudantil do curso. Para ela, a manifestação realizada foi determinante para que as verbas fossem realocadas. “A manifestação teve boa aceitação. Eu mesma fiquei com medo que ninguém viesse, mas os estudantes compareceram”, afirmou. “Com o hospital fechado, prejudica todo mundo, afeta toda a cadeia”, conclui.
Mais problemas
A situação de outros laboratórios também não está boa. De acordo com Cristiane Dias, aluna da oitava fase de Medicina Veterinária, é inaceitável fazer as aulas de Patologia Clínica Cirúrgica sem mexer nos animais. “A disciplina é 100% prática. Não conheço os laboratórios de outros cursos do CAV, mas os da Medicina Veterinária são horríveis. Muitos materiais não travam corretamente, e isso prejudica o nosso aprendizado. Os nosso laboratórios são sucateados”, comenta.
Fotos: Afonso Rodrigues
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