quarta-feira, 3 de abril de 2013

MST promove manifestação em fazenda de São José do Cerrito



MST promove manifestação em fazenda de São José do Cerrito
São José do Cerrito, 03/04/2012,Correio Lageano



Cerca de 70 famílias estão em uma fazenda aguardando decisão judicial sobre a posse da terra




Um manifesto e o plantio de trigo foi a forma encontrada pelos integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST), acampados provisoriamente na Fazenda Linda Vista, no interior de São José do Cerrito, para pressionar a justiça por uma decisão quanto ao pedido de desapropriação da terra. Cerca de 70 famílias ocupam a área de aproximadamente 900 hectares, distante 20 quilômetros do Centro da cidade, desde dezembro do ano passado.



São aproximadamente 100 pessoas, entre homens, mulheres, adolescentes e crianças, que estão acampados no local. Em janeiro, o advogado do proprietário da fazenda, Felype Branco Macedo, deu entrada na justiça com um pedido de reintegração de posse do imóvel. O local, segundo ele, pertence a empresa Bruno Luersen SA Agropecuária.



Uma decisão ainda não foi apresentada pela justiça, mas mesmo assim os membros do MST já começaram a utilizar a terra. Na segunda-feira (1), dia do manifesto, eles fizeram o plantio de trigo no local. Antes disso, segundo informações dos próprios manifestantes, haviam plantado vegetais, que são utilizados para o sustento das famílias.



Segundo o advogado Felype Branco Macedo, os integrantes usaram de violência durante o manifesto, ao entrarem com quatro tratores na propriedade, destruindo cercas e algumas estruturas.



A informação foi rebatida por Erivaldo Martins de Macedo, reassentado em Correia Pinto, mas esteve em São José do Cerrito apoiando os manifestantes. “Não houve dano nenhum, eles entraram normalmente pelo portão. Eles só querem pressionar a justiça”, diz.



Esta é a quarta vez, em nove anos, que a fazenda é invadida por membros do MST. Nas outras vezes a Justiça determinou a desocupação e foi prontamente atendida. “Já foram emitidas outras determinações, mas é preciso uma nova neste momento, porque eles só saem mediante determinação judicial”, afirma Felype.



Foto: Arquivo CL

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