quarta-feira, 1 de maio de 2013

Coral enfrenta os mesmos problemas da área central, segundo moradores


O Coral enfrenta os mesmos problemas da área central, segundo moradores
Lages, 02/05/2013, Correio Lageano, por Núbia Garcia


As principais reivindicações da Associação de Moradores se referem a questões de infraestrutura, especialmente no trânsito. A conclusão da ampliação da unidade de saúde, também é uma exigência da comunidade, e um cartório é solicitado.



Considerado por muitos o “segundo Centro da cidade”, o bairro Coral atende diariamente as necessidades dos moradores de pelo menos 20 bairros próximos. Por isso, enfrenta problemas que se assemelham ao da área central, como dificuldades no trânsito. Há também a ausência de serviços como um cartório.



A Associação Comunitária dos Moradores do Bairro está organizando um ofício, que deverá ser entregue à prefeitura, reivindicando melhorias para que o Coral possa oferecer maior comodidade a quem busca os serviços oferecidos no bairro.



De acordo com o presidente da Associação, Lauro Gomes, o trânsito precisa de atenção especial e urgente, já que as vias do bairro têm sido usadas como desvio por causa das obras de construção das marginais da BR-282.



Além disso, o fluxo de caminhões, que é intenso no bairro, tende a aumentar nos próximos meses devido à ampliação da Idaza Distribuidora de Petróleo Ltda. Um dos pontos que precisam de solução emergencial é o cruzamento entre a rua Doutor Acácio Ramos Arruda com a avenida Presidente Vargas.



No local, há uma abertura no canteiro central da avenida, que permite a passagem de veículos. Sem placas de sinalização que indiquem o que é permitido ou não, os motoristas acabam fazendo diversas manobras irregulares, como entrar na contramão para ter acesso à rua Euclides Martins da Silva. Em alguns casos, os mais ousados chegam a cortar a frente de quem segue pela preferencial, que é a avenida.



O cruzamento já foi palco de diversos acidentes, até agora sem vítimas fatais. “Faz dois anos que pedimos uma solução”, afirma Lauro. Segundo ele, a Associação chegou a sugerir que seja feita uma rótula no local ou que a passagem seja trancada definitivamente. “A gente não quer esperar que  aconteçam acidentes com vítimas fatais”.



Principais solicitações


• Conclusão da ampliação do posto de saúde
• Finalização do asfalto e calçadas da rua Campos Sales (que liga a avenida Presidente Vargas a BR-282)
• Solução para o trânsito no cruzamento da Avenida Presidente Vargas com a rua Dr. Acácio Ramos Arruda
• Implementação de um cartório e posto de atendimento da Celesc e Semasa
• Pavimentação das ruas Fortunato Dias Batista, Joaquim Borges de Melo e Hilda Piccinini



Local precisa de medida emergencial



De acordo com a Diretoria de Trânsito (Diretran), a atual administração tem conhecimento do problema, mas só recebeu um pedido da Associação de Moradores na última semana. O diretor de Trânsito, Diego Oliveira, afirmou que estão sendo feitos estudos para discutir qual medida é mais viável e eficaz neste momento.



Segundo ele, enquanto uma medida não é tomada a Diretran irá colocar radares móveis na descida da Presidente Vargas (próximo a este cruzamento), para controlar a velocidade dos condutores. “Já estamos fazendo blitz com radares móveis e solicitamos que agentes fiquem no local para orientar os motoristas e, se necessário, fazerem notificações”.



O secretário de Planejamento, Jorge Raineski, ressaltou que com a construção da avenida Ponte Grande, que vai passar próximo a este ponto da Presidente Vargas, o problema será definitivamente solucionado. “Agora precisamos fazer adequações emergenciais, para evitar mais acidentes”, diz o secretário.



Raineski reitera que serão tomadas medidas para redução da velocidade no local e afirma que o retorno usado irregularmente pelos motoristas poderá passar por alterações. “Estamos analisando o que pode ser feito neste momento, considerando que a solução definitiva vai acontecer quando a Ponte Grande for completamente executada”, completa.



Rua Campos Sales ainda não está concluída e moradores reclamam


A morosidade na conclusão das obras da rua Campos Sales é um dos problemas enfrentados pela comunidade local. A via é de grande importância, pois liga a avenida Presidente de Vargas à BR-282 e, há alguns meses, tem servido como desvio por causa das obras das marginais da rodovia.



As obras nesta rua tiveram início em 2008 e, de acordo com a Secretaria de Infraestrutura, ainda faltam concluir as calçadas e drenagem. Além disso, um trecho do asfalto que já está deteriorado, precisa ser refeito. “Queremos transformar ela numa via segura, com boas condições de trafegabilidade para poder desafogar a [avenida] Camões, principalmente”, afirma o secretário Joel Neto Monn.



Quanto às calçadas, Monn afirma que é possível que seja feita uma parceria com os moradores para a conclusão, pois, segundo ele, algumas pessoas já procuraram a pasta e se ofereceram para pagar parte do valor necessário.



Vias não têm calçamento, mas programa de pavimentação já foi pago pela comunidade



O presidente da Associação de Moradores, Lauro Gomes, afirma que a pavimentação das ruas Fortunato Dias Batista, Joaquim Borges de Melo e Hilda Piccinini é uma reivindicação antiga. Segundo eles, os próprios moradores estão pagando para que esta obra seja executada, através do programa Pavisol 2.



O secretário Monn afirma que está sendo feito um levantamento de todas as obras relacionadas no Pavisol 2, para que seja reprogramado o início das obras nas vias que já atingiram 80% do pagamento.



Joel Neto Monn explica que até o ano passado, quando os moradores faziam os depósitos para o Pavisol, o dinheiro caía em uma conta única da prefeitura e não era separado para que as obras começassem. Ele afirma que a partir deste ano a situação será diferente e, quando o morador pagar suas parcelas, o dinheiro será depositado em uma conta específica. “Assim evitaremos que este dinheiro seja utilizado para outros fins, que não a pavimentação da via específica que o morador pagou”.



Unidade de saúde ainda sem data definida para inauguração



A comunidade cobra a conclusão da obra de ampliação da unidade de saúde, que teve início em 2011 e deveria ter sido concluída em maio do ano passado. A ampliação é necessária porque o postinho atende aproximadamente 10 mil pessoas do Coral e bairros adjacentes e a antiga estrutura é pequena.



A secretária de Saúde de Lages, Cristina Subtil, informou apenas que a obra já foi retomada, mas não informou uma data para que seja concluída. “Quando fazemos tudo, do planejamento à execução, desde o começo, até conseguimos precisar uma data. Mas quando pegamos em uma obra em andamento, não temos como dizer quando ela vai acabar”, afirma.



Fotos: Núbia Garcia

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