Lages, 29/08/2013
“Na questão tecnológica, Lages está no mesmo nível de aeroportos como
de Florianópolis, Navegantes, Joinville, Criciúma e Chapecó.” George
Picinato
A
maior parte da demanda diária é de serviços de táxi aéreo, entrega de
malotes, aeromédico, executivos, voos particulares e escolas de aviação
civil (Fotos: Nilton Wolff)
Apesar de não
estar operando com linhas aéreas regulares, o aeroporto federal Antônio
Correia Pinto de Macedo tem grande movimentação, com uma média de mais
de 250 atendimentos mensais. A maior parte da demanda diária é de
serviços de táxi aéreo, entrega de malotes, aero-médico, executivos, voos
particulares e escolas de aviação civil.
De acordo com o Gestor de Segurança
Operacional, George Francisco Picinato, muitos empresários de outras
cidades e Estados pousam com suas aeronaves, jatos ou helicópteros na
pista do aeroporto. “O mês de abril foi o que registrou maior movimento
desde o início do ano, com quase 300 atendimentos gerais. Só de carga
foram transportados cerca de 1.600 quilos”, destaca.
Para garantir a segurança das operações,
uma equipe de manutenção está sempre a postos, realizando monitoramentos
periódicos no entorno aeroportuário, com no mínimo três inspeções
diárias. George afirma que com a implantação do SGSO (Sistema de
Gerenciamento da Segurança Operacional), através da utilização de
diversas ferramentas de prevenção e garantia na qualidade da prestação
dos serviços, obteve-se uma melhora considerável nos indicadores.
Dentre elas destacam-se um acordo
operacional firmado com a Secretaria de Segurança e Ordem Pública, com
vigias 24 horas por dia. “Sofríamos muitas depredações por parte de
vândalos, com um grande prejuízo financeiro ao município, pois a cada
lâmpada do balizamento noturno, quebrada, por exemplo, gasta-se em média
R$ 200,00”, diz. Ele explica que todos os equipamentos utilizados na
atividade aeronáutica são certificados e em sua maioria importados,
sendo estes os motivos para um custo tão elevado.
Um dos mais bem estruturados no Estado
O aeroporto de Lages conta com
equipamentos de ponta destacando-se a nível estadual por estar
atualmente homologado para operações de saída e aproximação por
instrumento, tanto no período diurno como noturno, sendo todas as
operações auxiliadas pelo serviço Rádio-AFIS (Serviço de Informação de
Voo de Aeródromo), que fornece diversas informações aos pilotos.
Os procedimentos por instrumentos utilizados em Lages, denominados pelas siglas NDB (Non-Directional Beacon) e RNAV (Area-Navigation-Global
Navigation Satellite System), este último o mais moderno, utilizando-se
do sinal GPS, permitem a operação aérea mesmo com restrições de
visibilidade. Na cabeceira 34, por exemplo, os mínimos requeridos de
teto e visibilidade para operação são de apenas 400 pés (cerca de 120
metros) e 1.600 metros respectivamente. “Poucos aeroportos dispõem
desses recursos no Estado. Lages está no mesmo nível de aeroportos como
de Florianópolis, Navegantes, Joinville, Criciúma e Chapecó”, afirma
George.
Adequações para receber aeronaves de maior porte
Para aumentar a capacidade operacional
para aeronaves maiores (com capacidade acima de 30 passageiros), a nova
legislação da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) exige a
construção de uma seção de combate a incêndio no aeroporto, com carro de
combate a incêndio e brigadistas certificados. “Estas adequações já
estão em andamento”, garante o gestor de Segurança Operacional.
Recentemente o corpo técnico da empresa
Azul Linhas Aéreas esteve no aeroporto realizando uma visita para
conhecer as condições da estrutura e a possibilidade de a empresa operar
na cidade com a aeronave ATR-72 com capacidade para 68 passageiros. A
previsão é de que em breve os executivos apresentem uma definição e há
grandes chances de que no início do ano que vem o aeroporto conte com
linhas regulares para São Paulo.
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