quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Audiência de sequestradores mobiliza aparato de segurança

Audiência de sequestradores mobiliza aparato de segurança
Lages, 15/01/2014, Correio Lageano, por Adecir Morais




Um forte aparato de segurança foi montado nesta terça-feira (14), durante a audiência de instrução e julgamento dos acusados de participação no sequestro de três famílias de gerentes do Banco do Brasil, em Lages, no ano passado. O crime teve uma grande repercussão.



Os três acusados, André Luís Vicente Pinto, de 32 anos; Valmor da Silva Alves, 39; e Ezoel Pires, 44; chegaram ao Fórum por volta das 11horas sob forte escolta, e só deixaram o local às 16horas. Eles são acusados de sequestro, extorsão, receptação, dentre outros crimes.




Para receber o grupo, 16 agentes penitenciários foram mobilizados, além de policiais civis e militares. Policiais à paisana posicionaram-se em pontos estratégicos. A segurança foi reforçada por haver o temor de um resgate, uma vez que os bandidos são de alta periculosidade.




A audiência começou às 14 horas e até o termino, três testemunhas de acusação foram ouvidas. Os acusados não chegaram a ser interrogados. A audiência terá prosseguimento no dia 5 de fevereiro.




O crime: O sequestro das famílias ocorreu em setembro do ano passado. Uma a uma, elas foram rendidas e feitas reféns por cerca de seis bandidos, e ficaram pelo menos 13 horas amarradas. O bando fugiu sem levar nada.




Ezoel é considerado o líder da quadrilha e mentor do sequestro. Natural de Porto União (SC), era foragido da Justiça desde 2008. Em 1999, foi apontado como chefe de uma quadrilha autora de 25 roubos a bancos no Paraná. Com a prisão dos suspeitos, também foi apreendido farto armamento.




Quadrilha queria muito dinheiro, diz investigação



Nos depoimentos, as testemunhas relataram detalhes de como a quadrilha agiu. O bando, segundo as investigações, planejou o sequestro durante quatro meses, período em que conseguiram informações das vítimas, tendo, inclusive, acesso às chaves dos apartamentos delas.




Consta nas investigações que os criminosos achavam que havia em torno de R$ 2 milhões no banco, o que os teria levado a executar o sequestro. Contudo, ao saberem dos gerentes que o valor não chegava a R$ 200 mil, acabaram desistido do crime e fugiram sem levar nada.




O promotor de Justiça do caso George André Franzoni Gil disse que a expectativa é que na próxima audiência, seja encerrada a instrução do processo. Ele acredita que a sentença saia no final de fevereiro deste ano.




Sem fornecer maiores detalhes do processo, o promotor disse que as testemunhas praticamente confirmaram o que haviam dito durante a investigação policial, e afirma que já há fartas provas para incriminar os acusados.



Foto: Adecir Morais

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