quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Descanso e o prazer de fisgar aquele peixão

Descanso e o prazer de fisgar aquele peixão
Lages, 10/01/2014, Correio Lageano, por Joana Costa




Munidos de vara, linha e anzol, lageanos e visitantes que optam por passar as férias na Serra encontram diversão nos pesque-pagues. É sobre eles que o Correio Lageano vai falar na quinta matéria sobre o que fazer durante as férias na Serra Catarinense. Entre as variedades de peixe encontradas estão o jundiá, tilápia, catfish, carpa capim, carpa húngara, carpa prateada e traíra.



O produtor e empresário José Gomes Werner, de 58 anos, abriu o Pesque-Pague do Juca há 17 anos  na localidade de Índios, em Lages. “Foi o primeiro pesque-pague da região serrana”, conta o proprietário, orgulhoso com a organização dos seus 12 açudes. “Cada um tem uma variedade diferente de peixe”, explica. O local é aberto durante toda a semana para visitantes que desejam colocar a pescaria em dia. “No período de Natal e dia 1º vem muita gente, mais ou menos umas 500 pessoas por dia”, conta.




Além de pescar, os visitantes podem apreciar a paisagem e saborear pratos à base de peixe. O pesque-pague oferece área com churrasqueira e mesas ao ar livre. “Tem até estrangeiros, o único problema é que a gente não entende o que eles falam”, relata.




A intenção de Werner é continuar investindo no negócio. “Quero ampliar, colocar um parquinho para as crianças, melhorar o estacionamento, colocando brita, mas nunca recebi ajuda do poder público, o que dificulta um pouco”, acrescenta.




Pescadores: A tranquilidade de uma tarde à beira do açude foi o que fez Sérgio Alex Lemos ir com o amigo, Alan Jony Pain e as filhas Natalie e Emanueli dos Santos Lemos, de três e sete anos respectivamente, até o pesque-pague.



Em plena quarta-feira, os dois aproveitam o dia de folga para por a pescaria em dia. No meio da semana o local é menos frequentado e isso agrada Sérgio, que vê a boa oportunidade de passar o dia junto à natureza. “É ao ar livre, bom para as meninas brincarem”, afirma.



O grupo é frequentador antigo do espaço, que oferece almoço à base de peixe. O atendimento também é importante. “É bastante tranquilo, o atendimento é muito bom, familiar”, afirma Alan, que costuma indicar para amigos, conhecidos e visitantes de outras cidades a conhecerem os pesque-pagues de Lages e região.



Bom atendimento é o segredo para atrair e manter clientes


Investir e ampliar o negócio é a estratégia do empresário Ernano José Córdova, conhecido pelos clientes como Faustão. Ele é dono do Pesque-Pague do Faustão, no bairro Guadalajara, e está investindo na reforma dos reservatórios para melhorar o atendimento. “Estou colocando barreiras nas margens dos tanques, para que eles não fiquem desbarrancando com o tempo”, explica.



Faustão estima que o seu estabelecimento chega a receber cerca de mil pessoas, durante os finais de semana de verão. Além disso, aproximadamente 300 pessoas passam pelo restaurante especializado em peixe, que funciona anexo ao pesque-pague. As variedades de peixe são a carpa e a tilápia. Após a reforma, o catfish também estará disponível.  “Não vejo a hora da reforma ficar pronta. Com só dois tanques em funcionamento, chegou a faltar lugar para o pessoal pescar no último final de semana”, relata a esposa Elizete Scoss de Oliveira.



O começo: Depois que o casal mudou-se para o terreno foi que surgiu a ideia de montar um açude próximo à casa da família. Em pouco tempo os amigos começaram a frequentar o local. “A gente percebeu que dava para investir nisso”, explica Elizete.
Para o casal, o segredo para o sucesso do empreendimento é o bom atendimento ao cliente, com variedade de serviços. “Tem que oferecer qualidade na alimentação, treinar os funcionários, tratar com delicadeza o cliente, estar bem informado sobre o negócio”, afirma Faustão.




Os cuidados com os peixes são manter os tanques com água limpa e corrente. Diariamente os peixes recebem ração, são retiradas as sujeitas e peixes mortos na superfície. “É um trabalho puxado, não tem final de semana livre, mas é prazeroso”, acrescenta Elizete. Além da família, o pesque-pague  e o restaurante geram emprego para 11 pessoas.




Crescimento: Segundo Faustão, o setor tende a crescer na serra. “Os lageanos ainda não tem o hábito de consumir peixe. Isso pode ser mudado. Tem que haver mais investimentos. Não é aumentar a concorrência. Há espaço para todos”, completa.



Serviço
Pesque-pague do Faustão
  •  Oferece área para pescaria, lazer e restaurante
  •  O visitante paga R$ 9,00 pelo quilo de peixe que pescar
  •  R$ 28,90 é o valor do buffet livre no restaurante, e  R$ 25,00, é o valor médio das porções
  •  Telefone: (49) 3225-5384

Pesque-pague do Juca
  •  O preço do quilo do pescado varia de R$ 7,90 a R$ 11,90, de acordo com a espécie de peixe
  •  O local oferece churrasqueira e área de lazer
  •  R$  22,00 é o valor médio das porções servidas no restaurante
  •  Telefone: (49) 9153-0799


Pesque-pague Campestren
  •  Oferece área para camping, churrasqueira e piscina
  •  Valor da entrada: R$ 10,00
  •  Quilo pescado: R$ 9,00
  •  Telefone: (49) 9964-6248




Fotos:Joana Costa

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