Quem passa pela avenida Presidente Vargas já notou que quando um caminhão estaciona, não há espaço para dois carros passarem ao lado. O arquiteto da Secretaria de Obras, Gastão Carsten, explica que quando a via foi revitalizada em 2001, não havia largura suficiente para alargá-la.
Via de regra, quanto maior a largura, maior a velocidade permitida. Na Presidente Vargas, a velocidade deveria ser abaixo de 40 km/h, segundo explicações do técnico. Para chegar nessa marca, cada pista de rolamento (onde passa o tráfego) deveria ter 3,3m. O Correio Lageano mediu, as duas pistas somadas têm pouco menos de 6m. Já o estacionamento tem 2,2m, ou seja, não cabe um caminhão (a largura é variável, mas pode chegar a 2,4m).
Segundo o Plano Diretor de Lages, todas as novas vias terão faixas de rolamento de, no mínimo 3,5m, e estacionamento de 2,6m. Gastão explica que nas ruas e avenidas já existentes, o que se pode fazer é adaptar a largura. Duque de Caxias, por exemplo, será alargada para suportar uma pista de rolamento de 3,3m e outra de 3,5m. “Adequamos o projeto à realidade”, afirma Gastão.
Isso acaba gerando algumas adaptações nas obras. Na Humberto de Campos, por exemplo, se diminuiu a largura das calçadas para melhorar as pistas de rolamento. A ciclovia que precisa de, no mínimo, 1,20m, tem um pouco mais, por conta disso.
Em contraponto, a avenida Belizário Ramos (no trecho revitalizado mais recentemente) ganhou uma ciclovia de menos de 1m. A explicação de Gastão é que a técnica utilizada para recapear o asfalto, resultou em problemas na borda. “Vai ser colocada uma base e passado um spray de asfalto”. A faixa das bicicletas terá 1m no total, não terá mais por conta do espaço disponível, onde se deu prioridade aos veículos motorizados.
Quanto à Presidente Vargas, deve continuar nessa mesma largura até que se resolvam desapropriar imóveis para alargar a avenida. Gastão diz que isso é caro, e geralmente não é o procedimento adotado. “O dinheiro que iria todo para a obra, tem que ser dividido com as indenizações, então a obra acaba ficando pela metade”, explica o arquiteto.
Novas avenidas mais largas
Na avenida Santa Catarina, que está em obras, as calçadas darão espaço a duas faixas de rolamento com 3,3m cada e estacionamento de 2,3m. “Por ser um comércio mais específico, com bastante caminhões, optamos por alargar o estacionamento”, diz Gastão. Outro alargamento semelhante é o da avenida Juscelino Kubitscheck, que liga o bairro Tributo ao Pisani.
Na avenida Ponte Grande, por ser uma área que vai ser aberta, poderá se dar prioridade para todos os tipos de transporte. Faixas de rolamento, por exemplo, terão 3,5m e 3,3m; a ciclovia 1,5m; e o estacionamento 2,2m.
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