sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Falta interesse para vagas de emprego
Lages, 26/10/2012, Correio Lageano, por Susana Küster
A taxa de desemprego em Lages é de 14% e as empresas reclamam da falta de mão de obra qualificada. Para suprir a demanda, o município oferece cursos gratuitos através dos programas do governo federal Planseq e Projovem. Porém, segundo o secretário de Emprego e Renda, Luiz Pfleger, a maioria das pessoas não frequentam os cursos que oferecem bolsa auxílio, material de ensino, e até em alguns, sala para as crianças que vão junto com as mães.
O secretário diz que a procura pelos cursos é grande, porém frisa que a maioria dos estudantes não permanecem até terminarem a qualificação. “As pessoas ainda desistem muito facilmente dos seus objetivos”, salienta.
Os requisitos para se inscrever e fazer os cursos variam de acordo com a área escolhida pelo estudante. “Alguns precisam do 1º grau completo, porque é preciso saber ler e lidar com máquinas, em outros cursos, é necessário possuir 2º grau completo, devido à dificuldade de se qualificar”, explica.
Ele lembra que os bons empregos são preenchidos por quem possui qualificação, “as pessoas que não buscam estudar, vão ficar sempre com os piores empregos”, completa dizendo que muitos não terminam os cursos, porque não estão mais no ritmo de estudos e não conseguem se manter na sala de aula.
Pfleger acredita que até 2015, em torno de 20 mil vagas de emprego sejam criadas em Lages, nos seguintes setores: tecnologia; têxtil; metal mecânico; manutenção elétrica, industrial, automativo e de máquinas industriais; além da costura industrial e de alimentação que são ramos promissores na cidade.
O secretário afirma que através dos cursos oferecidos pela prefeitura pelos programas do governo federal, as pessoas estão sendo qualificadas para as áreas necessárias.
Além de programas do governo, ele lembra que as instituições de ensino particular de Lages também têm cursos voltados para os setores em expansão no município.
Banco do trabalho possui mais de 4 mil cadastrados
O banco do trabalho da secretaria municipal de Trabalho e Renda, tem 4.872 pessoas cadastradas, mais 100 para serem incluídas no programa e 200 empresas no registro que fica acessível pela internet, para os empresários poderem selecionar seus futuros colaboradores.
O serviço existe há dois anos, e, é pouco conhecido, porém, somente no mês de setembro empregou 150 pessoas.
A coordenadora do banco, Janaína Aparecida Carbonera Bassuli, confirma a falta de interesse em se qualificar para o mercado de trabalho que o secretário de Emprego e Renda, Luiz Pfleger, já explicitou. “A maioria não quer estudar e muitas pessoas chamamos para a entrevista e nem aparecem”, afirma.
Serviço é esperança para os desempregados
Desempregada há dois anos, a técnica em enfermagem, Nádia Agostini, 37 anos, não se cansa de ir em busca de vaga através do banco de trabalho. “Faz 4 meses que conheci este serviço. Ligo direto para cá e venho sempre que me chamam”, conta.
Ela acredita que só não foi contratada ainda, porque não possui conhecimento em informática. “Tenho experiência em enfermagem, mas na minha época era tudo manuscrito, pelo jeito, vou ter que fazer um cursinho de informática para conseguir emprego”.
Antes de conhecer o banco, ela entregava currículos e lia os classificados dos jornais, porém afirma que desta forma era mais difícil achar vaga.
Ela tem dois filhos e diz que está conseguindo sobreviver porque recebe duas pensões do ex-marido.
Empresários contratam pelo banco
O empresário da Talismar Confecções, Anderson Fernandes Rosa, possui 44 funcionárias, sendo que 20 foram selecionadas através do banco de trabalho da secretaria de Trabalho e Renda.
Ele diz que todas elas foram qualificadas através do curso de costura oferecido pelo município em parceria com o governo federal. “Elas aprenderam o básico, aqui nós treinamos e focamos o que aprenderam no nosso tipo de trabalho”, explica.
A empresa funciona em local alugado e em meados de fevereiro, deve se mudar para a sede própria que está sendo construída.
O objetivo do empresário é chegar a 100 funcionários e na medida que a demanda aumentar, pretende contratar mais pessoas. “Vou buscar mais profissionais no banco e em outras instituições que possui cursos na área”, diz.
Foto: Susana Küster
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