Lages, 19/10/2012, Correio Lageano
Moradores elogiam as casas e dizem que as adversidades não incomodam. São cerca de 600 pessoas morando no loteamento
Foram três anos em construção, mas em dezembro do ano passado, os moradores do loteamento Lourival Bet, no bairro Penha, receberam a notícia que já poderiam morar nas casas entregues pela prefeitura. Ainda há alguns problemas para resolver: posto de saúde é longe, há um permanente cheiro de esgoto, não há pavimentação ou calçadas, as cartas não chegam e faltam vagas nas creches. Apesar disso, os quase 600 moradores gostam do lugar e já começam a construir os primeiros muros e ampliações.
“É tranquilo, como um sítio”, diz Jucele Silva Garcia, que morava na Várzea, em uma edícula, atrás da residência da sua mãe. A casa, ela garante, “não tem o que reclamar, está ótima”. Dos problemas citados, ela reclama apenas do cheiro do esgoto. “No verão acho que a gente vai ter que se mudar, porque não tem como aguentar”, conta.
O cheiro ruim provém da estação de tratamento que há no bairro. É uma estação de tratamento que atende 134 casas e custou R$ 550 mil. O sistema de utiliza uma tecnologia chamada ‘Wetland’. A falta de um sistema de tratamento de esgoto foi um dos motivos do atraso na entrega das casas.
Sonara Borges, uma das beneficiadas mora ao lado da estação de tratamento, onde o cheiro ruim é mais forte. Por outro lado, ela fica ao lado do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que ajuda a resolver outro problema: a falta de creche. Dois dos quatro filhos precisam ir ao Centro para estudar. Segundo a Secretaria de Educação, um Centro de Educação Infantil (Ceim) para 180 alunos será construído na Rua dos Lírios, vizinha do Lourival Bet.
Esta rua é a mesma que o ex-secretário e agora vereador eleito Juliano Polese (PP) confirmou como o endereço de um posto de saúde. Isso porque os moradores do Nadir e do Lourival Bet têm que subir um morro e caminhar 1 quilômetro a pé para ter um atendimento de saúde. “É muito bom lá”, diz Sonara. O problema da distância é alvo de uma militância da vereadora reeleita Aida Hoffer (PSD) que já fez dois pedidos para que a prefeitura construísse um posto no local. O prefeito Renato Nunes de Oliveira (PP) prometeu a construção durante a entrega das chaves, em dezembro de 2011, mas até agora nada foi feito. Há um cadastro no Ministério da Saúde para a benfeitoria, mas ainda não foi dado parecer.
Das obras que o poder público prometeu, apenas o Cras e a estação de tratamento estão prontos. Nem nome as ruas possuem.
O assunto já foi pauta de duas matérias do Correio Lageano, uma em abril, outra em agosto. Jucele não se importa. “Conta de água e luz chega, então está tudo bem”, afirma.
As casas são elogiadas pelos moradores e Jucele diz que não há brigas (versão contestada por Sonara). No início de outubro houve uma briga de grandes proporções que deixou quatro feridos. Houve tiros, facadas e uma “batalha campal”, como definiu a testemunha Iolita Santos. Ela disse na edição do Correio Lageano do dia 2 de outubro que a culpa é do Lourival Bet. “Desde que o loteamento veio para cá, não tivemos mais paz”. Já Jucele, diz que as brigas ficam “lá em cima”, em referência ao vizinho Nadir. “Todo mundo é gente boa, são as pessoas que fazem a Cohab”, ressalta Jucele.
Mau cheiro é temporário
O engenheiro da Semasa Marcos Tibúrcio afirma que todo o tratamento da estação de tratamento é natural e existe um “prazo de maturação”, que varia de 6 a 12 meses. Ele explica que com a chegada do verão, a maturação pode ser mais rápida.
Tibúrcio afirma que em três ou quatro meses o cheiro pode acabar. Se isso não ocorrer, será feito um sistema artificial para tratamento do odor. “A Semasa está preocupada”, afirma, ressaltando que ainda esta semana passará pelo local para ver se algo está desregulado.
A estação de tratamento é necessária para que todo o esgoto do loteamento seja tratado e enviado ao córrego que existe ao lado do Lourival Bet. Isto é uma exigência do Conama, que, garante Tibúrcio, está sendo cumprida.
Fotos: Thomas Michel
Moradores elogiam as casas e dizem que as adversidades não incomodam. São cerca de 600 pessoas morando no loteamento
Foram três anos em construção, mas em dezembro do ano passado, os moradores do loteamento Lourival Bet, no bairro Penha, receberam a notícia que já poderiam morar nas casas entregues pela prefeitura. Ainda há alguns problemas para resolver: posto de saúde é longe, há um permanente cheiro de esgoto, não há pavimentação ou calçadas, as cartas não chegam e faltam vagas nas creches. Apesar disso, os quase 600 moradores gostam do lugar e já começam a construir os primeiros muros e ampliações.
“É tranquilo, como um sítio”, diz Jucele Silva Garcia, que morava na Várzea, em uma edícula, atrás da residência da sua mãe. A casa, ela garante, “não tem o que reclamar, está ótima”. Dos problemas citados, ela reclama apenas do cheiro do esgoto. “No verão acho que a gente vai ter que se mudar, porque não tem como aguentar”, conta.
O cheiro ruim provém da estação de tratamento que há no bairro. É uma estação de tratamento que atende 134 casas e custou R$ 550 mil. O sistema de utiliza uma tecnologia chamada ‘Wetland’. A falta de um sistema de tratamento de esgoto foi um dos motivos do atraso na entrega das casas.
Sonara Borges, uma das beneficiadas mora ao lado da estação de tratamento, onde o cheiro ruim é mais forte. Por outro lado, ela fica ao lado do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que ajuda a resolver outro problema: a falta de creche. Dois dos quatro filhos precisam ir ao Centro para estudar. Segundo a Secretaria de Educação, um Centro de Educação Infantil (Ceim) para 180 alunos será construído na Rua dos Lírios, vizinha do Lourival Bet.
Esta rua é a mesma que o ex-secretário e agora vereador eleito Juliano Polese (PP) confirmou como o endereço de um posto de saúde. Isso porque os moradores do Nadir e do Lourival Bet têm que subir um morro e caminhar 1 quilômetro a pé para ter um atendimento de saúde. “É muito bom lá”, diz Sonara. O problema da distância é alvo de uma militância da vereadora reeleita Aida Hoffer (PSD) que já fez dois pedidos para que a prefeitura construísse um posto no local. O prefeito Renato Nunes de Oliveira (PP) prometeu a construção durante a entrega das chaves, em dezembro de 2011, mas até agora nada foi feito. Há um cadastro no Ministério da Saúde para a benfeitoria, mas ainda não foi dado parecer.
Das obras que o poder público prometeu, apenas o Cras e a estação de tratamento estão prontos. Nem nome as ruas possuem.
O assunto já foi pauta de duas matérias do Correio Lageano, uma em abril, outra em agosto. Jucele não se importa. “Conta de água e luz chega, então está tudo bem”, afirma.
As casas são elogiadas pelos moradores e Jucele diz que não há brigas (versão contestada por Sonara). No início de outubro houve uma briga de grandes proporções que deixou quatro feridos. Houve tiros, facadas e uma “batalha campal”, como definiu a testemunha Iolita Santos. Ela disse na edição do Correio Lageano do dia 2 de outubro que a culpa é do Lourival Bet. “Desde que o loteamento veio para cá, não tivemos mais paz”. Já Jucele, diz que as brigas ficam “lá em cima”, em referência ao vizinho Nadir. “Todo mundo é gente boa, são as pessoas que fazem a Cohab”, ressalta Jucele.
Mau cheiro é temporário
O engenheiro da Semasa Marcos Tibúrcio afirma que todo o tratamento da estação de tratamento é natural e existe um “prazo de maturação”, que varia de 6 a 12 meses. Ele explica que com a chegada do verão, a maturação pode ser mais rápida.
Tibúrcio afirma que em três ou quatro meses o cheiro pode acabar. Se isso não ocorrer, será feito um sistema artificial para tratamento do odor. “A Semasa está preocupada”, afirma, ressaltando que ainda esta semana passará pelo local para ver se algo está desregulado.
A estação de tratamento é necessária para que todo o esgoto do loteamento seja tratado e enviado ao córrego que existe ao lado do Lourival Bet. Isto é uma exigência do Conama, que, garante Tibúrcio, está sendo cumprida.
Fotos: Thomas Michel
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