Otacílio Costa, 27/12/2012, Correio Lageano
Otacílio Costa é a maior produtora de florestas plantadas do Estado, mas sofre com a forte variação do preço da madeira
Em 2011, Otacílio Costa se firmou no posto de maior produtor de madeira de Santa Catarina. Nacionalmente, é o 10º maior produtor com 2 milhões de metros cúbicos de madeira em tora processados no ano passado. Um recorde. O resultado financeiro, porém, está em uma descendente. Há 10 anos, o preço pago caiu 63%, se descontada a inflação.
Em 2001, a cidade colheu seu primeiro grande trunfo com a política de incentivo a florestas. Naquele ano, o município reduziu a produção pela metade, mas o preço da madeira subiu 279,5% e o resultado financeiro foi duas vezes melhor que em 2000.
Cenário parecido Otacílio Costa só viu em 2008, quando aproveitou o momento e novamente conseguiu dobrar seus rendimentos com madeira. Desde então, a produção aumenta, mas os preços não. Em 2011, houve o recorde de produção, mas o valor do produto caiu 48,41%, chegando aos patamares de antes de 2001.
Floresta é ‘tradição’ em Otacílio Costa
Apesar de o cenário piorar ano após ano, o município continua reflorestando. Segundo levantamento feito pela Fatma, 48% do território de Otacílio Costa é de florestas plantadas. Mais de 40 mil hectares com praticamente toda a produção destinada a apenas uma fábrica.
O prefeito Denílson Padilha explica que o município já atingiu o que se chama de ‘ciclo fechado de floresta’. Ou seja, uma área plantada tão grande que diminui a sazonalidade típica do setor que precisa de 20 anos de ônus para um ano de bônus. Enquanto isso, a área de terra fica parada, sem geração de empregos ou benefícios econômicos.
Porém, dada a dimensão da plantação em Otacílio Costa, todo ano se colhe madeira. “Hoje temos momentos ruins, mas os empregos ficam mantidos”, explica Denílson.
Entre 2007 e 2011, a silvicultura fechou 114 vagas de emprego. Por outro lado, a mesma cadeia produtiva criou 411 vagas no setor papeleiro e outros 13 na indústria da madeira, que atinge a saturação.
Denílson explica que, hoje, a prefeitura não dá incentivos para empresas de ramos já presentes na cidade. Uma nova serraria, exemplifica, pode se instalar em Otacílio Costa, mas não recebe ajuda. Já outros setores como o têxtil (criou 239 vagas nos últimos cinco anos) ganham incentivos.
“É a necessidade da variar a economia”, explica o prefeito. Dois terços de tudo que a cidade produz está na cadeia de produção da madeira. Uma crise de preços, como a atual, pode trazer prejuízos grandes no futuro. “O grande desafio dos próximos administradores é diversificar a economia”, opina.
Empregos
Segundo o engenheiro florestal Evaristo Terezo, a cada 20 hectares de florestas plantadas geram-se dois empregos para implantação, um para manutenção e duas vagas para cada uma criada na floresta.
Otacílio Costa é a maior produtora de florestas plantadas do Estado, mas sofre com a forte variação do preço da madeira
Em 2011, Otacílio Costa se firmou no posto de maior produtor de madeira de Santa Catarina. Nacionalmente, é o 10º maior produtor com 2 milhões de metros cúbicos de madeira em tora processados no ano passado. Um recorde. O resultado financeiro, porém, está em uma descendente. Há 10 anos, o preço pago caiu 63%, se descontada a inflação.
Em 2001, a cidade colheu seu primeiro grande trunfo com a política de incentivo a florestas. Naquele ano, o município reduziu a produção pela metade, mas o preço da madeira subiu 279,5% e o resultado financeiro foi duas vezes melhor que em 2000.
Cenário parecido Otacílio Costa só viu em 2008, quando aproveitou o momento e novamente conseguiu dobrar seus rendimentos com madeira. Desde então, a produção aumenta, mas os preços não. Em 2011, houve o recorde de produção, mas o valor do produto caiu 48,41%, chegando aos patamares de antes de 2001.
Floresta é ‘tradição’ em Otacílio Costa
Apesar de o cenário piorar ano após ano, o município continua reflorestando. Segundo levantamento feito pela Fatma, 48% do território de Otacílio Costa é de florestas plantadas. Mais de 40 mil hectares com praticamente toda a produção destinada a apenas uma fábrica.
O prefeito Denílson Padilha explica que o município já atingiu o que se chama de ‘ciclo fechado de floresta’. Ou seja, uma área plantada tão grande que diminui a sazonalidade típica do setor que precisa de 20 anos de ônus para um ano de bônus. Enquanto isso, a área de terra fica parada, sem geração de empregos ou benefícios econômicos.
Porém, dada a dimensão da plantação em Otacílio Costa, todo ano se colhe madeira. “Hoje temos momentos ruins, mas os empregos ficam mantidos”, explica Denílson.
Entre 2007 e 2011, a silvicultura fechou 114 vagas de emprego. Por outro lado, a mesma cadeia produtiva criou 411 vagas no setor papeleiro e outros 13 na indústria da madeira, que atinge a saturação.
Denílson explica que, hoje, a prefeitura não dá incentivos para empresas de ramos já presentes na cidade. Uma nova serraria, exemplifica, pode se instalar em Otacílio Costa, mas não recebe ajuda. Já outros setores como o têxtil (criou 239 vagas nos últimos cinco anos) ganham incentivos.
“É a necessidade da variar a economia”, explica o prefeito. Dois terços de tudo que a cidade produz está na cadeia de produção da madeira. Uma crise de preços, como a atual, pode trazer prejuízos grandes no futuro. “O grande desafio dos próximos administradores é diversificar a economia”, opina.
Empregos
Segundo o engenheiro florestal Evaristo Terezo, a cada 20 hectares de florestas plantadas geram-se dois empregos para implantação, um para manutenção e duas vagas para cada uma criada na floresta.
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