Lages, 11/01/2013, Correio Lageano, por Silviane Mannrich
Motociclistas daqui se uniram a companheiros de Joinville e do RS e, durante o percurso, viveram momentos de medo
O mecânico Gideão André Chardozino, desde os 15 anos sonhava em viajar de motocicleta de Lages ao Chile. Em 29 de dezembro, ele, a mulher Cristiane, com uma Shadow 750 e mais 18 amigos partiram rumo a esta aventura. Foram 12 dias de viagem e 6 mil quilômetros. Cinco casais fazem parte do motoclube Asas da Liberdade.
“Levei 20 anos para realizar o meu sonho. No início, todos achavam loucura, mas eu sabia que um dia iria conseguir. Então convidei alguns amigos, que toparam e seguimos viagem”, conta Gideão.
Saíram quatro motos de Lages e mais dois carros de apoio, uma moto de Joinville, uma de Vacaria e quatro de Caxias do Sul. No trajeto, eles viajavam de 600 a 700 quilômetros por dia até chegarem em São Luiz, na Argentina, e passaram a virada de ano em Mendoza. Seguiram por Santa Fé e voltaram por Rosário. Durante o percurso, encontraram pessoas de São Paulo e até franceses.
Na Argentina, o grupo viveu os piores momentos. “Quando chegamos em Santa Fé, um grupo tentou nos assaltar. Ficamos com medo. Eles chutavam e batinham nas motos. Somente conseguimos sair da cidade escoltados, porque um argetino nos ajudou com o seu carro. Foi terrível, saímos fora do roteiro e nos perdemos do grupo”, disse Gideão.
Também na Argentina, eles ficaram sem dinheiro e não conseguiram um hotel para dormir. “O pessoal não dava informações e quando dava eram erradas. Às 2 horas estávamos procurando um hotel, pedimos informações e eles nos levaram até uma casa de prostituição”, lembrou Cristiane. Os aventureiros receberam sete multas. “Para passarmos em alguns lugares precisávamos pagar multas na hora para o policial”, lembrou o mecânico.
Sem gasolina
Antes de chegar no Chile em Valparaíso e Santiago, o casal ficou duas vezes sem gasolina e foi socorrido pelo carro de apoio. Em alguns trechos, os postos de combustível tinham uma distância de até 200 quilômetros.
Muitos lugares não aceitavam a moeda brasileira e nem mesmo o cartão de crédito, o que dificultou ainda mais a viagem dos lageanos. As estradas, em muitos pontos, estavam esburacadas. O calor de 42ºC e sol forte também dificultavam, mas nada desanimava o grupo que estava focado no destino.
A grande lição
Os motociclistas retornaram a Lages no dia 9 de janeiro. A volta foi mais cansativa e eles conseguiram fazer apenas 300 quilômetros por dia. “A grande lição é que o Brasil é o melhor país do mundo. Com todos os problemas, não se compara com nenhum outro lugar”, relatou Gideão. Ele lembrou, ainda, que um dos vijantes quando chegou em solo brasileiro gritava e beijava o chão.
Emoção na chegada
Para o grupo, o cansaço e todas as dificuldades do trajeto foram esquecidas no momento em que eles chegaram ao Chile. “Eu chorei de emoção quando vi meu sonho realizado. Neste momento, a gente lembra que todo o sofrimento valeu a pena”, disse Gideão.
A mulher de Gideão, Cristiane, disse que seu coração disparou e que também não conseguiu segurar as lágrimas. “É emocionante, o trajeto é lindo e não parece que é real”, comentou. Além da bela paisagem, o grupo foi recebido com cordialidade pelos chilenos. Os brasileiros destacaram a limpeza e organização do país.
Fotos:Divulgação
Motociclistas daqui se uniram a companheiros de Joinville e do RS e, durante o percurso, viveram momentos de medo
O mecânico Gideão André Chardozino, desde os 15 anos sonhava em viajar de motocicleta de Lages ao Chile. Em 29 de dezembro, ele, a mulher Cristiane, com uma Shadow 750 e mais 18 amigos partiram rumo a esta aventura. Foram 12 dias de viagem e 6 mil quilômetros. Cinco casais fazem parte do motoclube Asas da Liberdade.
“Levei 20 anos para realizar o meu sonho. No início, todos achavam loucura, mas eu sabia que um dia iria conseguir. Então convidei alguns amigos, que toparam e seguimos viagem”, conta Gideão.
Saíram quatro motos de Lages e mais dois carros de apoio, uma moto de Joinville, uma de Vacaria e quatro de Caxias do Sul. No trajeto, eles viajavam de 600 a 700 quilômetros por dia até chegarem em São Luiz, na Argentina, e passaram a virada de ano em Mendoza. Seguiram por Santa Fé e voltaram por Rosário. Durante o percurso, encontraram pessoas de São Paulo e até franceses.
Na Argentina, o grupo viveu os piores momentos. “Quando chegamos em Santa Fé, um grupo tentou nos assaltar. Ficamos com medo. Eles chutavam e batinham nas motos. Somente conseguimos sair da cidade escoltados, porque um argetino nos ajudou com o seu carro. Foi terrível, saímos fora do roteiro e nos perdemos do grupo”, disse Gideão.
Também na Argentina, eles ficaram sem dinheiro e não conseguiram um hotel para dormir. “O pessoal não dava informações e quando dava eram erradas. Às 2 horas estávamos procurando um hotel, pedimos informações e eles nos levaram até uma casa de prostituição”, lembrou Cristiane. Os aventureiros receberam sete multas. “Para passarmos em alguns lugares precisávamos pagar multas na hora para o policial”, lembrou o mecânico.
Sem gasolina
Antes de chegar no Chile em Valparaíso e Santiago, o casal ficou duas vezes sem gasolina e foi socorrido pelo carro de apoio. Em alguns trechos, os postos de combustível tinham uma distância de até 200 quilômetros.
Muitos lugares não aceitavam a moeda brasileira e nem mesmo o cartão de crédito, o que dificultou ainda mais a viagem dos lageanos. As estradas, em muitos pontos, estavam esburacadas. O calor de 42ºC e sol forte também dificultavam, mas nada desanimava o grupo que estava focado no destino.
A grande lição
Os motociclistas retornaram a Lages no dia 9 de janeiro. A volta foi mais cansativa e eles conseguiram fazer apenas 300 quilômetros por dia. “A grande lição é que o Brasil é o melhor país do mundo. Com todos os problemas, não se compara com nenhum outro lugar”, relatou Gideão. Ele lembrou, ainda, que um dos vijantes quando chegou em solo brasileiro gritava e beijava o chão.
Emoção na chegada
Para o grupo, o cansaço e todas as dificuldades do trajeto foram esquecidas no momento em que eles chegaram ao Chile. “Eu chorei de emoção quando vi meu sonho realizado. Neste momento, a gente lembra que todo o sofrimento valeu a pena”, disse Gideão.
A mulher de Gideão, Cristiane, disse que seu coração disparou e que também não conseguiu segurar as lágrimas. “É emocionante, o trajeto é lindo e não parece que é real”, comentou. Além da bela paisagem, o grupo foi recebido com cordialidade pelos chilenos. Os brasileiros destacaram a limpeza e organização do país.
Fotos:Divulgação
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