Lages, 24/04/2023, Correio Lageano, por Suzani Rovaris
Centro do Jardim Celina ameaça a segurança de estudantes e de professores por causa de seus problemas de estrutura.
O Centro de Educação Infantil (Ceim) Jardim Celina está em péssimas condições. A estrutura física está precária e o espaço é muito pequeno para atender as 25 crianças. Para se ter noção, a escola opera desde 2009 sem alvará sanitário.
Antes de 2009, o Ceim Jardim Celina atendia em outra estrutura também em péssimas condições. O atual imóvel para onde se mudaram seria provisório, pois uma estrutura nova estava para ser construída. Atualmente, o local onde funciona a escola é uma casa de madeira com duas pequenas salas de aula, uma cozinha e um banheiro.
Na sala do berçário ficam 10 crianças de zero a dois anos e meio e no maternal, 15 crianças de dois anos e meio a cinco anos. Em uma das salas o espaço é tão pequeno que há uma mesa redonda onde todas as crianças fazem sua refeição apertadas.
Onde funcionava uma garagem, hoje é a sala da direção. O chão da escola ameaça a segurança de alunos, professores e funcionários. Há alguns dias, uma das madeiras onde a mãe de um aluno pisava cedeu, ela caiu e prendeu a perna. Os alunos ficaram tão assustados que não correm mais dentro da escola com medo.
A fiação elétrica também oferece risco. A rede é tão antiga que aparelhos eletrônicos foram queimados em função de curto circuito. No inverno, como falam as professoras, vai ser ainda pior, pois não há maneira de colocar dois aquecedores por falta de estrutura elétrica.
Há apenas um banheiro para todos usarem, não há distinção de feminino, masculino e para professores. A cozinha é pequena e não tem piso, que seria o correto. Por isso, desde 2009, quando a escola se mudou, segundo a presidente de Comissão de Pais e Professores (CPP) e professora do berçário Rosmari Meurer, a Vigilância Sanitária não liberou o alvará sanitário. Ela acrescenta que não tem conhecimento se a escola possui alvará do Corpo de Bombeiros, mas confirma que há dois extintores.
Ainda segundo a professora, existe um projeto para a construção de um local apropriado para o Ceim Jardim Celina, mas não entende o motivo que até agora impediu de estar pronto. “Não há condições de continuarmos aqui. A situação pede medidas urgentes, nossa preocupação é com as crianças”, afirma Rosmari.
Outros Ceims também têm problemas de estrutura
Segundo a Secretaria de Educação, há outros Ceims em condições precárias. A secretária Marimília Casa Costa Coelho reconhece que no bairro Jardim Celina o caso é urgente. Ela afirma que está sendo estudada a possibilidade dos alunos serem transferidos para o polo da UFSC, no bairro Gethal, até que o local seja reformado ou um novo estabelecimento de ensino construído.
No Centro, a secretária acrescenta que também está sendo estudada a possibilidade de construir um novo Ceim nas imediações do Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina (Ipesc) para otimizar os atendimentos dos Ceims Filhos dos Funcionários, Chapeuzinho Vermelho e Anjos da Guarda, que também necessitam de reforma.
Foto: Suzani Rovaris
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