Lages, 01/08/2013, Correio Lageano, por Afonso Rodrigues
Iniciados de fato no início do mês, os serviços de terraplenagem da Avenida Ponte Grande, no bairro Várzea, já enfrentam os primeiros entraves. Desde terça-feira, as máquinas que fazem o trabalho de terraplenagem no bairro, por onde passará grande trecho da avenida, estão paradas, por conta de questões burocráticas.
Segundo o secretário de Planejamento de Lages, Jorge Raineski, uma dificuldade encontrada no licenciamento ambiental, que atinge “todas as ações de execução da obra”, pode atrasar um pouco o serviço, mas de forma geral não chega a “intervir no andamento da obra”, argumenta.
“As obras continuam em andamento. Existe alguma burocracia com o licenciamento, mas isso faz parte. Evidente que algumas partes da obra têm mais prioridades e outras menos, mas isso é um cuidado que se deve ter principalmente no início da obra”, comentou.
O engenheiro Rodrigo Micles, um dos responsáveis, afirma que, por conta do problema referente ao licenciamento ambiental, a empresa está, nesse momento, priorizando outras demandas, como o início da construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do bairro Várzea, que ficará ao lado da estação já existente no mesmo local.
“Tiramos as máquinas da parte viária, mas continuamos montando a estrutura para poder ser feita a estação de esgoto, na parte de saneamento do Complexo da Ponte Grande. Estamos com a equipe montada e algumas peças feitas para chegarmos, escavar a rua e assentar os tubos”, garante Micles.
Habitação
Já o secretário da Habitação, Ivan Magaldi, responsável por realocar as famílias que moram em locais por onde a avenida passará, diz que o processo é lento, já que faltam opções de moradias para as cerca de 20 casas do bairro que precisam ser desalojadas. “O cronograma geral das obras está no caminho, mas no momento precisamos mesmo de opções de casas. São 23 casas indenizadas, e precisamos de no mínimo 30 para dar uma margem de segurança”, conta.
No mesmo sentido, Raineski diz que não se pode simplesmente jogar as famílias em qualquer lugar, e que a prefeitura trabalha na construção provisória de residências para elas.
Prefeitura garante término da obra no prazo
A prefeitura confirma o prazo de término do complexo da Ponte Grande em até dois anos e reitera que a obra não está atrasada. “O cronograma está no tempo certo. O que acontece é que existem entraves para a adequação de projetos, como da rua Cirilo Vieira Ramos, que se conectará com a Avenida Ponte Grande”, explica Raineski.
Na confluência dos espaços, será necessário refazer o projeto já existente, porque a Cirilo Ramos está com reformas em andamento. Nesse sentido, foi necessário iniciar a obra relativa à Ponte Grande para que houvesse o andamento simultâneo das obras, explica o secretário. “Como existem duas obras em paralelo, estamos acionando o trabalho ali para não precisarmos reabrir o local para passar a tubulação de esgoto da Ponte Grande. Será feito tudo de uma vez só”, destaca Raineski.
Prazos
De acordo com o secretário de planejamento, a empresa que executa a obra, a Sul-Catarinense, tem condições para acelerar ou diminuir o ritmo das obras, de acordo com as demandas executadas pelos outros entes que se relacionam ao projeto. “A obra é para dois anos. Mas tranquilamente a empresa pode dar a celeridade que eles entendem ser necessária no momento certo. É possível imaginar que a obra vai num ritmo lento agora, mas ela pode aumentar num outro mês também. A empresa tem capacidade para isso. Uma obra desse tamanho é gigante”, comentou.
Fotos: Afondo Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário