quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Inquérito indicia dois policiais civis de Lages por corrupção

Lages, 10/10/2013, Correio Lageano, por Adecir Morais



Dez dias após do início das investigações, a Polícia Civil de Lages concluiu o inquérito policial que apurou denúncias de corrupção envolvendo dois policias civis. O documento foi encaminhado na manhã desta quarta-feira (09) ao Ministério Público, no Fórum da comarca.



Almir da Silva Malinverni e Paulo Ricardo de Oliveira, alvos das denúncias, foram indiciados por concussão,  peculato e associação criminosa. Eles estão detidos preventivamente na Diretoria de Investigações Criminais (Deic), em Florianópolis.



No Fórum, o inquérito será analisado por um promotor de Justiça, que decidirá se oferecerá denúncia contra os policiais. Além de ofertar denúncia, o promotor pode pedir o arquivamento do processo ou novas diligências à Polícia Civil.



A dupla foi presa pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Almir por extorquir o proprietário de um carro supostamente irregular, do Bairro Copacabana. Na hora da prisão, no dia 1º de outubro, iria receber R$ 1 mil como fruto de extorsão.



Segundo a polícia, a vítima contou que foi ameaçada e teve que entregar o dinheiro, além de um EcoSport, em troca de não ser preso. O veículo foi levado e a suspeita é de que a quadrilha pretendia vendê-lo, porém, mais tarde foi recuperado.



Paulo, por sua vez, foi preso no dia 5, enquanto saía de casa no Bairro Caravággio. Ele é tido como o chefe do esquema criminoso, segundo as investigações. A ação também foi do Gaeco.



Provas: O inquérito tem cerca de cem páginas e é composto, basicamente, por provas testemunhais. Nele há depoimentos e interrogatórios de pelo menos 10 pessoas, entre os policiais envolvidos, testemunhas e vítimas.


Crimes: Os policiais envolvidos nas investigações foram indiciados pelos crimes de concussão, peculato e associação criminosa, cujas penas podem passar de 20 anos de prisão.



Provas insuficientes contra mais um suspeito


Pelo o que apurou o Correio Lageano, com exclusividade, um terceiro policial civil de Lages, suspeito de fazer parte do mesmo esquema criminoso, foi investigado, porém, os investigadores não encontraram indícios necessários para a sua prisão. O Ministério Público chegou a pedir a prisão preventiva dele, mas a Justiça indeferiu o pedido.


O juiz entendeu que não havia indícios o suficiente para mandar prendê-lo. Agora, entretanto, caberá ao Ministério Público analisar as provas e pedir novamente a prisão, caso se convença de que há provas que justificassem o encarceramento.



Foto: Arquivo/CL

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