Lages, 08 e 09/02/2014, Correio Lageano, por Susana Küster
Ao andar por 13 bairros de Lages é natural ver pelo caminho restos de casas que foram demolidas. Um cenário de destruição que logo é substituído pelo barulho de máquinas que trabalham em ritmo acelerado e a movimentação de funcionários que constroem uma das maiores avenidas de Lages, a Ponte Grande.
A obra do PAC é considerada pelo governo federal a de melhor desempenho no país. Um ponto de controle faz toda semana os envolvidos da obra se reunirem para apresentarem o cumprimento de suas metas. Esse é um dos motivos da obra orçada em mais de R$ 56 milhões, ganhar destaque nacional pela sua agilidade e pela forma que vem sendo conduzida.
Mudança:? O secretário de Habitação, Ivan Magaldi, diz que a maioria dos moradores não queria sair de suas residências no início da obra. Isso atrasou um pouco o começo das atividades. Porém, quando eles souberam que a avenida seria uma das maiores de Lages com uma rede de saneamento de 15 quilômetros sendo que (20% do esgoto da cidade vai passar por ali), aceitaram deixar suas residências.
Os moradores cadastrados na Secretaria Municipal de Habitação vão morar em casas alugadas até o loteamento Gralha Azul, que terá 200, moradias ficar pronto.
O projeto do condomínio está sendo aprovado em vários órgãos e tem previsão de início das obras para março.
As realocações, segundo o secretário de Planejamento, Jorge Raineski, estão 50% resolvidas. “Da Várzea até a avenida Presidente Vargas, no Coral, estão 80% liberados para a obra. O mais difícil da obra é essa parte das mudanças das famílias. As negociações com as duas empresas atingidas estão bem amigáveis”, diz o secretário.
Aluguel social: Em torno de 45 famílias já foram realocadas para casa de aluguel social com um valor de até R$ 442,75, custeado pela prefeitura no local escolhido pela pessoa. O ritmo das obras vai acelerar, segundo Raineski, porque a maior parte das famílias onde a obra está sendo executada foi realocada.
Etapa atual: A drenagem do bairro Caça e Tiro até a avenida Presidente Vargas foi concluída, e a terraplanagem está em ritmo acelerado, segundo o superintendente da Sul Catarinense, Márcio Abreu. A pavimentação inicia em março e depois disso começa a drenagem e terraplanagem até a BR-282, seguida da pavimentação total. “Depois iniciam os acabamentos, como ligação da rede de esgoto, arborização e implantação de meio- fio e calçadas”, comenta.
São mais de seis quilômetros em execução por meio das várias frentes de trabalho. Em torno de 120 trabalhadores atuam no local. A obra tem prazo de 24 meses para terminar, ou seja, até julho do ano que vem tem de estar concluída.
Transformação: O rio será desassoreado, as margens serão transformadas em pistas de caminhada e ciclovias, e será implantado um parque linear.
A transposição da Ponte Grande se dará na BR-282 por meio de um viaduto, obra já prevista no projeto.
Marcenaria está no caminho das máquinas
Mesmo com as máquinas trabalhando em ritmo acelerado ao lado de sua marcenaria, Antônio Carlos Ferreira, 50 anos, continua trabalhando no bairro Popular e diz que só sai do local quando tiver uma solução. Ele trabalha há 10 anos no lugar e diz que há mais ou menos três anos soube que precisaria se mudar. Sua marcenaria não é legalizada e está em área verde, e, por isso a prefeitura não pode indenizá-lo.
Ferreira não tem interesse em aceitar o aluguel social da prefeitura, apesar de morar em uma casa alugada com o filho no mesmo bairro do seu trabalho. Ele quer um outro lugar para trabalhar no mesmo bairro, onde já possui clientela. “Minha proposta é a prefeitura pagar material e mão de obra para eu reformar o porão da minha irmã aqui no bairro”, comenta.
O marcineiro reforma móveis e diz que este trabalho é seu sustento. Com uma platina na coluna e braço e outros problemas de saúde, ele diz que nenhuma empresa quer contratá-lo. O secretário de Habitação, Ivan Magaldi, diz que uma alternativa para o problema do morador será encontrada.
Família se muda de casa depois de 10 anos
O morador Everton de Souza Ferreira, 20 anos, vive no bairro Popular com sua mãe e irmão há 10 anos. Quando soube da obra, ele achou estranho. Acostumado com o lugar que morava até na última sexta-feira, ele aceitou a mudança, pois sabia que um dia ela aconteceria. “Viviam falando que iria sair esta avenida, então tivemos que aceitar”, conta. Ele e a família vão morar com recursos do aluguel social, em uma casa no bairro Coral. Depois disso, provavelmente, vão morar em um condomínio que será feito no bairro Popular.
Fotos: Susana Küster
Ao andar por 13 bairros de Lages é natural ver pelo caminho restos de casas que foram demolidas. Um cenário de destruição que logo é substituído pelo barulho de máquinas que trabalham em ritmo acelerado e a movimentação de funcionários que constroem uma das maiores avenidas de Lages, a Ponte Grande.
A obra do PAC é considerada pelo governo federal a de melhor desempenho no país. Um ponto de controle faz toda semana os envolvidos da obra se reunirem para apresentarem o cumprimento de suas metas. Esse é um dos motivos da obra orçada em mais de R$ 56 milhões, ganhar destaque nacional pela sua agilidade e pela forma que vem sendo conduzida.
Mudança:? O secretário de Habitação, Ivan Magaldi, diz que a maioria dos moradores não queria sair de suas residências no início da obra. Isso atrasou um pouco o começo das atividades. Porém, quando eles souberam que a avenida seria uma das maiores de Lages com uma rede de saneamento de 15 quilômetros sendo que (20% do esgoto da cidade vai passar por ali), aceitaram deixar suas residências.
Os moradores cadastrados na Secretaria Municipal de Habitação vão morar em casas alugadas até o loteamento Gralha Azul, que terá 200, moradias ficar pronto.
O projeto do condomínio está sendo aprovado em vários órgãos e tem previsão de início das obras para março.
As realocações, segundo o secretário de Planejamento, Jorge Raineski, estão 50% resolvidas. “Da Várzea até a avenida Presidente Vargas, no Coral, estão 80% liberados para a obra. O mais difícil da obra é essa parte das mudanças das famílias. As negociações com as duas empresas atingidas estão bem amigáveis”, diz o secretário.
Aluguel social: Em torno de 45 famílias já foram realocadas para casa de aluguel social com um valor de até R$ 442,75, custeado pela prefeitura no local escolhido pela pessoa. O ritmo das obras vai acelerar, segundo Raineski, porque a maior parte das famílias onde a obra está sendo executada foi realocada.
Etapa atual: A drenagem do bairro Caça e Tiro até a avenida Presidente Vargas foi concluída, e a terraplanagem está em ritmo acelerado, segundo o superintendente da Sul Catarinense, Márcio Abreu. A pavimentação inicia em março e depois disso começa a drenagem e terraplanagem até a BR-282, seguida da pavimentação total. “Depois iniciam os acabamentos, como ligação da rede de esgoto, arborização e implantação de meio- fio e calçadas”, comenta.
São mais de seis quilômetros em execução por meio das várias frentes de trabalho. Em torno de 120 trabalhadores atuam no local. A obra tem prazo de 24 meses para terminar, ou seja, até julho do ano que vem tem de estar concluída.
Transformação: O rio será desassoreado, as margens serão transformadas em pistas de caminhada e ciclovias, e será implantado um parque linear.
A transposição da Ponte Grande se dará na BR-282 por meio de um viaduto, obra já prevista no projeto.
Marcenaria está no caminho das máquinas
Mesmo com as máquinas trabalhando em ritmo acelerado ao lado de sua marcenaria, Antônio Carlos Ferreira, 50 anos, continua trabalhando no bairro Popular e diz que só sai do local quando tiver uma solução. Ele trabalha há 10 anos no lugar e diz que há mais ou menos três anos soube que precisaria se mudar. Sua marcenaria não é legalizada e está em área verde, e, por isso a prefeitura não pode indenizá-lo.
Ferreira não tem interesse em aceitar o aluguel social da prefeitura, apesar de morar em uma casa alugada com o filho no mesmo bairro do seu trabalho. Ele quer um outro lugar para trabalhar no mesmo bairro, onde já possui clientela. “Minha proposta é a prefeitura pagar material e mão de obra para eu reformar o porão da minha irmã aqui no bairro”, comenta.
O marcineiro reforma móveis e diz que este trabalho é seu sustento. Com uma platina na coluna e braço e outros problemas de saúde, ele diz que nenhuma empresa quer contratá-lo. O secretário de Habitação, Ivan Magaldi, diz que uma alternativa para o problema do morador será encontrada.
Família se muda de casa depois de 10 anos
O morador Everton de Souza Ferreira, 20 anos, vive no bairro Popular com sua mãe e irmão há 10 anos. Quando soube da obra, ele achou estranho. Acostumado com o lugar que morava até na última sexta-feira, ele aceitou a mudança, pois sabia que um dia ela aconteceria. “Viviam falando que iria sair esta avenida, então tivemos que aceitar”, conta. Ele e a família vão morar com recursos do aluguel social, em uma casa no bairro Coral. Depois disso, provavelmente, vão morar em um condomínio que será feito no bairro Popular.
Fotos: Susana Küster
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