segunda-feira, 12 de maio de 2014

Diretor do DNIT diz que relatório sobre a BR 282 é ilegal e prefere arriscar vidas

eng enio spieker (2)Lages, 12/05/2014 Milton Barão

No mínimo é polêmica a entrevista do diretor do DNIT Lages, eng° Enio Spieker, dada ao repórter da Clube, Flavio Fernandes, na sexta-feira, durante a audiência que debateu o relatório da Associação Empresarial de Lages, com cerca de 100 paginas e mais de 1.000 fotos.
O documento apontou situações inusitadas como desperdício de material, até questionamentos graves, como afunilamento de quatro para duas pistas em cima de um viaduto, ou então, um viaduto sobre aterro quando o correto seria em cima de pilastras e ainda o rebaixamento em 20 cm do viaduto da Avenida Camões.
Chama atenção a burocracia nos órgãos executores da obra como o próprio DNIT, onde prefere-se arriscar a vida das pessoas do que alterar um projeto questionável. Senão vejamos:

Entrevista

Repórter: o fato do relatório ser feito por uma entidade onde seus membros são leigos no assunto, como foi visto pelo DNIT?
Ênio: do meu ponto de vista é um relatório totalmente negativo, pois além de ser feito por associação, ou sindicato, não tem ninguém que assine a sua autoria.

Anônimo

- Então, ao meu ver, é um relatório anônimo, onde as pessoas estão se escondendo atrás das associações, para acusar ou levantar suspeitas sobre o DNIT e sobre as empresas que estão executando as obras.

Ilegal

- Eu acho que até o CREA deveria tomar uma providencia, pois foi feito um exercício ilegal de função e sem critério técnico dessa avaliação.
Nessa foto do CL+ tem-se a dimensão exata dos riscos aos motoristas por conta do afunilamento em cima do viaduto
Nessa foto do CL+ tem-se a dimensão exata dos riscos aos motoristas por conta do afunilamento em cima do viaduto
Repórter: entre os principais problemas apontados está o viaduto da Avenida Duque de Caxias, onde tem um afunilamento. Aquele detalhe está no projeto?
Ênio – Sim, aquele detalhe está no projeto e o afunilamento está exatamente no local apontado no projeto.

Risco de morte

- O DNIT não tem como dizer: vamos duplicar uma extensão maior para tirar o afunilamento daqui, pois estaríamos sujeitos aos órgãos de controle como CGU, TCU, que poderiam vir aqui e abrir processo contra o DNIT por estar executando obra que não está prevista no projeto. Somos obrigados a seguir o que está previsto no projeto.

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