No mínimo é polêmica a entrevista do diretor do DNIT Lages, eng° Enio
Spieker, dada ao repórter da Clube, Flavio Fernandes, na sexta-feira,
durante a audiência que debateu o relatório da Associação Empresarial de
Lages, com cerca de 100 paginas e mais de 1.000 fotos.
O documento apontou situações inusitadas como desperdício de
material, até questionamentos graves, como afunilamento de quatro para
duas pistas em cima de um viaduto, ou então, um viaduto sobre aterro
quando o correto seria em cima de pilastras e ainda o rebaixamento em 20
cm do viaduto da Avenida Camões.
Chama atenção a burocracia nos órgãos executores da obra como o
próprio DNIT, onde prefere-se arriscar a vida das pessoas do que alterar
um projeto questionável. Senão vejamos:
Entrevista
Repórter: o fato do relatório ser feito por uma entidade onde seus membros são leigos no assunto, como foi visto pelo DNIT?
Ênio: do meu ponto de vista é um relatório totalmente negativo,
pois além de ser feito por associação, ou sindicato, não tem ninguém que
assine a sua autoria.
Anônimo
- Então, ao meu ver, é um relatório anônimo, onde as pessoas
estão se escondendo atrás das associações, para acusar ou levantar
suspeitas sobre o DNIT e sobre as empresas que estão executando as
obras.
Ilegal
- Eu acho que até o CREA deveria tomar uma providencia, pois foi
feito um exercício ilegal de função e sem critério técnico dessa
avaliação.
Nessa foto do CL+ tem-se a dimensão exata dos riscos aos motoristas por conta do afunilamento em cima do viaduto
Repórter: entre os principais problemas apontados está o
viaduto da Avenida Duque de Caxias, onde tem um afunilamento. Aquele
detalhe está no projeto?
Ênio – Sim, aquele detalhe está no projeto e o afunilamento está exatamente no local apontado no projeto.
Risco de morte
- O DNIT não tem como dizer: vamos duplicar uma extensão maior
para tirar o afunilamento daqui, pois estaríamos sujeitos aos órgãos de
controle como CGU, TCU, que poderiam vir aqui e abrir processo contra o DNIT por estar executando obra que não está prevista no projeto. Somos
obrigados a seguir o que está previsto no projeto.
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