Serra Catarinense, 12 e 13/01/2013, Correio Lageano, por Silviane Mannrich
As qualidades que serão colhidas será a Gala e a Fuji e os produtores já estão contratando pessoas para trabalharem nos pomares. O preço da comercialização da fruta também deverá continuar estável.
A maçã que deverá chegar aos consumidores será um produto de qualidade superior se comparado com a safra do ano anterior. Isso irá acontecer porque, diferente de 2012, a fruta foi pouco prejudicada pelo granizo e geada durante a polinização.
Na Serra Catarinense, a colheita da variedade Fuji começa em meados de fevereiro e da Gala entre março e abril. Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Maçã e Pera de Santa Catarina (Amap), Rogério Pereira, a estimativa é que a produção seja reduzida em 20%.
A previsão de produção é de 300 mil toneladas. Nos municípios de São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Rio Rufino, Bom Retiro, Urubici e Urupema são cerca de 2.200 produtores. A Serra Catarinense é a maior produtora de maçã do Brasil.
Para o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM), Pierre Nicolas Pérès, nacionalmente, a produção deverá ser equilibrada entre as variedades Fuji e Gala com uma estimativa de 1.200 toneladas. “O potencial da região é bem maior do que se é produzido, pois a maçã sofre com os eventos climáticos como geada e chuvas de granizo durante polinização, que acabam influenciando na qualidade e na quantidade”, afirma.
Ainda, de acordo com Pierre, a tendência é que a qualidade seja melhor. “Visualmente, a qualidade da fruta está melhor, porém a internamente apenas será possível saber quando a colheita começar”, ressalta.
Na empresa Malke, que possui 11 unidades de produção da fruta, a produção mantém-se estável. Na unidade Boqueirão, com 130 hectares, localizada em Lages, a expectativa é colher 3,8 toneladas. “Este ano temos novamente uma boa produção tanto no quesito quantidade quanto no aspecto da qualidade, devido à renovação constante que a empresa tem feito com investimento em novos clones de qualidade superior e na cobertura dos pomares com telas de proteção”, explica o gerente agrícola da Malke, Cesar Rotta.
Contratações podem passar de 10 mil
Neste período de colheita, muitas pessoas aproveitam para trabalhar. Nos pomares não é exigida escolaridade mínima e a partir dos 18 anos qualquer pessoa pode trabalhar. De acordo com Rogério Pereira, na Serra Catarinense deverão ser contratados mais de 10 mil trabalhadores. “Temos mais de 2 mil produtores se cada um contratar cinco funcionários teremos um volume muito grande de pessoas empregadas”, destaca Rogério.
O salário normativo em Lages é de R$ 710,00 para uma carga horária de 8 horas. Os trabalhadores também recebem alimentação e vale transporte. Muitas pessoas vêm de outras cidades para trabalhar nos pomares, como Bagé e Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul. Estas pessoas ficam em alojamentos nos próprios pomares.
As contratações vão normalmente de 60 a 90 dias. Por meio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lages deverão ser contratados mais de mil pessoas para trabalharem nos pomares da região.
A fruticultura Malke, por exemplo, está contratando cerca de 450 pessoas para trabalhar nas cidades de Lages, São José do Cerrito, Correia Pinto, Painel e Bocaina do Sul. A empresa oferece aos colaboradores o salário base de categoria, prêmio produção, prêmio assiduidade, seguro e alimentação.
As contratações iniciaram e quem quiser se candidatar pode procurar o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lages, próximo ao Terminal Urbano e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Correia Pinto.
Os números da fruticultura catarinense
O Estado de Santa Catarina tem na fruticultura uma importante atividade econômica, que gerou, no ano de 2012, um valor bruto da produção de R$ 842 milhões, segundo um estudo preliminar realizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/Cepa). Destacam-se a maçã com 55% desse valor, seguido pela banana (caturra e branca) com 32% e uva com 4%.
De acordo com o estudo não é possível determinar o número total de produtores, pois alguns fruticultores cultivam mais do que uma espécie, mas, considerando que a maior parte deles se especializa, o número aproximado de 14 mil é razoável.
A produção de maçã está bastante concentrada em apenas 41 municípios. A uva, que na pesquisa considerou conjuntamente as variedades vinícolas e mesa (ou mistas), está presente em todas as regiões, e em 180 municípios, 77% do total, com 3.030 produtores. A banana é cultivada principalmente nos municípios do litoral, também com grande número de produtores.
No conjunto, são cerca de 59 mil hectares de pomares. Considerando que, destes, 57 mil hectares tiveram colheita em 2012 (97%), conclui-se que há novos pomares em formação. As duas frutas de maior expressão, banana e maçã, estão com suas áreas praticamente estabilizadas.
Números da maçã na Serra em 2012
Fotos:Silviane Mannrich
As qualidades que serão colhidas será a Gala e a Fuji e os produtores já estão contratando pessoas para trabalharem nos pomares. O preço da comercialização da fruta também deverá continuar estável.
A maçã que deverá chegar aos consumidores será um produto de qualidade superior se comparado com a safra do ano anterior. Isso irá acontecer porque, diferente de 2012, a fruta foi pouco prejudicada pelo granizo e geada durante a polinização.
Na Serra Catarinense, a colheita da variedade Fuji começa em meados de fevereiro e da Gala entre março e abril. Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Maçã e Pera de Santa Catarina (Amap), Rogério Pereira, a estimativa é que a produção seja reduzida em 20%.
A previsão de produção é de 300 mil toneladas. Nos municípios de São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Rio Rufino, Bom Retiro, Urubici e Urupema são cerca de 2.200 produtores. A Serra Catarinense é a maior produtora de maçã do Brasil.
Para o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM), Pierre Nicolas Pérès, nacionalmente, a produção deverá ser equilibrada entre as variedades Fuji e Gala com uma estimativa de 1.200 toneladas. “O potencial da região é bem maior do que se é produzido, pois a maçã sofre com os eventos climáticos como geada e chuvas de granizo durante polinização, que acabam influenciando na qualidade e na quantidade”, afirma.
Ainda, de acordo com Pierre, a tendência é que a qualidade seja melhor. “Visualmente, a qualidade da fruta está melhor, porém a internamente apenas será possível saber quando a colheita começar”, ressalta.
Na empresa Malke, que possui 11 unidades de produção da fruta, a produção mantém-se estável. Na unidade Boqueirão, com 130 hectares, localizada em Lages, a expectativa é colher 3,8 toneladas. “Este ano temos novamente uma boa produção tanto no quesito quantidade quanto no aspecto da qualidade, devido à renovação constante que a empresa tem feito com investimento em novos clones de qualidade superior e na cobertura dos pomares com telas de proteção”, explica o gerente agrícola da Malke, Cesar Rotta.
Contratações podem passar de 10 mil
Neste período de colheita, muitas pessoas aproveitam para trabalhar. Nos pomares não é exigida escolaridade mínima e a partir dos 18 anos qualquer pessoa pode trabalhar. De acordo com Rogério Pereira, na Serra Catarinense deverão ser contratados mais de 10 mil trabalhadores. “Temos mais de 2 mil produtores se cada um contratar cinco funcionários teremos um volume muito grande de pessoas empregadas”, destaca Rogério.
O salário normativo em Lages é de R$ 710,00 para uma carga horária de 8 horas. Os trabalhadores também recebem alimentação e vale transporte. Muitas pessoas vêm de outras cidades para trabalhar nos pomares, como Bagé e Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul. Estas pessoas ficam em alojamentos nos próprios pomares.
As contratações vão normalmente de 60 a 90 dias. Por meio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lages deverão ser contratados mais de mil pessoas para trabalharem nos pomares da região.
A fruticultura Malke, por exemplo, está contratando cerca de 450 pessoas para trabalhar nas cidades de Lages, São José do Cerrito, Correia Pinto, Painel e Bocaina do Sul. A empresa oferece aos colaboradores o salário base de categoria, prêmio produção, prêmio assiduidade, seguro e alimentação.
As contratações iniciaram e quem quiser se candidatar pode procurar o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lages, próximo ao Terminal Urbano e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Correia Pinto.
Os números da fruticultura catarinense
O Estado de Santa Catarina tem na fruticultura uma importante atividade econômica, que gerou, no ano de 2012, um valor bruto da produção de R$ 842 milhões, segundo um estudo preliminar realizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri/Cepa). Destacam-se a maçã com 55% desse valor, seguido pela banana (caturra e branca) com 32% e uva com 4%.
De acordo com o estudo não é possível determinar o número total de produtores, pois alguns fruticultores cultivam mais do que uma espécie, mas, considerando que a maior parte deles se especializa, o número aproximado de 14 mil é razoável.
A produção de maçã está bastante concentrada em apenas 41 municípios. A uva, que na pesquisa considerou conjuntamente as variedades vinícolas e mesa (ou mistas), está presente em todas as regiões, e em 180 municípios, 77% do total, com 3.030 produtores. A banana é cultivada principalmente nos municípios do litoral, também com grande número de produtores.
No conjunto, são cerca de 59 mil hectares de pomares. Considerando que, destes, 57 mil hectares tiveram colheita em 2012 (97%), conclui-se que há novos pomares em formação. As duas frutas de maior expressão, banana e maçã, estão com suas áreas praticamente estabilizadas.
Números da maçã na Serra em 2012
- Produtores - 2.237
- Área plantada - 12,8 mil hectáres
- Produção- 470 mil toneladas
- Preço médio kg - R$ 0,73
- Participação % da produção em SC - 70,9%
Fotos:Silviane Mannrich
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