A falta de cobertura nos pontos de parada do transporte coletivo e a precariedade dos abrigos existentes, tem gerado desconforto aos passageiros. Estudantes, trabalhadores e aposentados que utilizam o transporte diariamente, reclamam por ter de aguardar o coletivo ao relento, a exemplo dos diversos estudantes que seguem até a UFSC e aguardam o ônibus ao longo da Avenida Jorge Lacerda, sem nenhum abrigo e os moradores do bairro Getúlio Vargas que padecem com a situação de abando dos abrigos.
Segundo a diarista Sandra Mara Pires, moradora do bairro Getúlio Vargas, devido ao bairro ficar afastado, quase que diariamente é necessário o deslocamento de ônibus até o Centro, e ter de aguardar o coletivo sem nenhuma proteção é uma situação desconfortável. “Não sabemos a quem recorrer para que abrigos sejam construídos. Precisamos de uma solução, pois o Inverno está chegando e enfrentar os dias frios, com vento e chuva não será nada fácil”, destaca Sandra.
Ela revela que a situação é complicada mesmo em locais que dispõem de abrigos cobertos. “Em locais que tem abrigo, quando chove o barro toma conta, pois não existe uma calçada ou piso. O passageiro aguarda o ônibus fora do ponto por causa do barro”, observa Sandra Mara.
De acordo com a sócia-diretora da Auto Viação Curitibanos Ana Paula Scaramuzza, os ônibus da empresa passam por cerca de cem pontos de parada em todos os bairros e mesmo não sendo responsabilidade da empresa, alguns serviços de manutenção são realizados, para atender as solicitações do usuário. “Cabe a empresa atender o ir e vir do passageiro e ao poder público a execução e manutenção de abrigos que fazem parte do mobiliário urbano”, informa Ana Paula.
Segundo o secretário de Transporte e Obras Hercílio Beppler, a Prefeitura é a responsável em atender a essa demanda, no entanto, não existe recurso orçamentário previsto para aquisição ou construção de abrigos.
Outra situação apontada pelo secretário é que os proprietários dos imóveis são responsáveis pela construção das calçadas onde os pontos de parada estão instalados. “Uma solução é retirar os abrigos que estão em chão batido e colocar em locais cujos donos já fizeram as calçadas, mas a princípio colocaremos pedras para amenizar a situação”, garante o secretário.
Hercílio ressalta que será realizada licitação para concessão das linhas do transporte urbano de passageiros, e uma cláusula exigirá que a empresa vencedora efetue o serviço de instalação e manutenção de abrigos. “Podemos ainda, conversar com empresas privadas, para que façam o abrigo e em troca utilizem o espaço para publicidade. Empresários interessados podem nos procurar na Secretaria”, finaliza Hercílio.
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