Ontem, policiais voltaram ao trabalho em todos os postos da Polícia Rodoviária Federal do país. Paralisação tinha começado há 11 dias
Policiais rodoviários federais fizeram acordo com o governo e decidiram encerrar a greve deflagrada no dia 18 em alguns Estados, e, em caráter nacional na segunda-feira (27). Apesar de não conseguirem tudo o que pleiteavam, a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), afirma que o reconhecimento do nível superior para o cargo, foi o principal fator alcançado nas negociações. Com o tempo, isso pode melhorar os salários.
A decisão de acabar com a greve, foi tomada na terça-feira (28), quando também foi dada a ordem pelo Conselho de Representantes da FenaPRF, para que todos os postos nas rodovias do país voltassem ao trabalho.
O acordo feito com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog), definiu o reconhecimento do nível superior para o cargo de policial rodoviário federal (PRF); fim do limitador de 50% para a progressão na carreira; alteração dos nomes das classes da carreira para 1ª, 2ª, 3ª e classe especial; aumento linear de 15,8% dividido em 3 vezes.
Com o acordo, o presidente da FenaPRF, Pedro Cavalcanti, declarou no atual contexto da negociação, a decisão adotada pelo Conselho de Representantes, embora não tenha sido unânime, foi a mais acertada possível. “O governo não realizou uma negociação amigável e isso prejudicou não só a nossa, mas todas as mesas de negociação.
O índice de aumento não atendeu nossa expectativa, mas conseguimos diversos outros objetivos que vínhamos pleiteando há muito tempo e isso foi fundamental para a nossa tomada de decisão, sendo o principal deles o reconhecimento de nível superior para o cargo de PRF”, explicou.
“Nosso projeto enquanto Federação tem o objetivo de manter uma negociação constante com o Governo Federal. Essa mesa de negociação não se encerra com esse acordo, temos muitas reivindicações em nossa pauta e vamos continuar lutando”, declarou Cavalcanti.
Cavalcanti também disse que, além das reivindicações acordadas com o Governo, a FenaPRF continuará lutando em conjunto com o Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais por outras causas comuns entre as categorias federais.
Entre as causas, estão:
• A definição de data-base para o servidor público federal e política salarial permanente de reposição inflacionária;
• O cumprimento por parte do governo dos acordos e protocolos de intenções firmados;
• Contra reformas que retirem direitos do funcionalismo público federal;
• Retirar da pauta do Congresso Nacional os projetos de lei, medidas provisórias e decretos contrários aos interesses dos servidores públicos;
• Reajuste de benefícios como aumento dos auxílios creche, saúde e transporte.
Foto: Susana Küster
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