Júnior da Silva (PP) e Amauri Fracaro (PT) são investigados por supressão de documentos públicos e corrupção ativa
Policiais civis, com o apoio da Polícia Militar (PM), cumpriram mandado de busca e apreensão na Câmara de Vereadores de Ponte Alta, para recolher documentos públicos. A ação faz parte de um inquérito policial que investiga os crimes de supressão de documentos públicos e corrupção ativa.
De acordo com o delegado da Comarca de Correia Pinto, Fabiano Henrique Schimitt, que responde pelo caso, os alvos da investigação são os vereadores Amauri Fracaro (PT), e Júnior da Silva (PP), este último atual presidente do Legislativo. O inquérito foi aberto neste mês de setembro.
A investigação surgiu após denúncia do vereador suplente Sérgio Zanatta (PSD). Ele acusa a presidência de Câmara de ter consumido com os documentos da Casa, além de tentativa de aliciamento contra ele. A denúncia foi feita junto à Promotoria de Justiça, que pediu a investigação policial.
O impasse começou quando Sérgio assumiu a Câmara na vaga do titular Amauri, que teria “renunciado” ao cargo para ser secretário de Administração na prefeitura. No último mês de agosto, Amauri teria tentando reaver o cargo, mas Sérgio se negou a entregá-lo e procurou a Justiça entendendo que, uma vez que renunciado, o ex-vereador não tem direito de retornar à Câmara.
Schimitt explica que a declaração oficial da renúncia não foi encontrada na Câmara, entretanto, afirma que há uma cópia do documento anexa ao inquérito. Por este motivo, a Câmara está sendo investigada: por “supressão de documentos públicos”.
Já as investigações por crime de corrupção ativa, esclarece o delegado, ocorrem devido ao fato de Sérgio alegar que Amauri e Júnior lhe procuraram e sugeriram que ele entregasse parte do salário em troca de continuar no cargo.
O outro lado
Por telefone, o vereador Amauri negou que tenha renunciado ao cargo e argumentou que “apenas se licenciou do cargo” para assumir temporariamente uma secretaria municipal. Questionado sobre o inquérito e outras denúncias, disse que não pretendia se manifestar por telefone.
A assessoria jurídica da Câmara informou que o atual presidente não pode ser responsabilizado, pois não comandava o Legislativo quando ocorreu a troca da cadeira.
Declarou que foi notificada ontem pela Justiça e que hoje já protocolou pedido no Fórum de Correia Pinto, onde tramita o processo, para retirar o nome do presidente das investigações, por entender que ele é inocente.
Foto:Divulgação
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