Palmeira, 05/11/2013 Rubiane Lima/Correio Otaciliense
“Eu
só quero poder ter segurança na minha casa, nunca pedi nada a ninguém,
sempre trabalhei, mas agora preciso de ajuda, pois sozinho não consigo
arrumar onde moro”, assim lamenta José Fidélis, que há aproximadamente
30 anos mora nas margens da SC 114, próximo ao trevo de acesso de
Palmeira.
Ele
conta que o terreno onde mora foi cedido pelo proprietário, para que
ele fizesse uso e morasse sem tempo determinado para a devolução, mas a
casa está com as madeiras bastante danificadas pelo tempo e segundo o
morador, correm o risco de desabar a qualquer momento.
Fidélis lembra que trabalhava em uma fábrica, mas acabou machucando sua coluna, ficando licenciado por problemas de saúde.
“Já
faz mais de dois meses que não recebo meu salário que recebia há quase
sete anos, estou vivendo com a ajuda dos filhos que mandam cesta básica e
ajudam a gente como podem”, lamenta também, dizendo que não pode fazer
esforço físico por conta de seu problema de saúde.
A esposa de José, Maria dos Prazeres de Lima, explica que sofre de problemas no coração e toma remédios controlados.
“A
gente não quer prejudicar ninguém, só estamos precisando de ajuda e
estamos com a casa aberta para quem quiser vir conhecer a nossa
realidade, pois assim não podemos mais viver”, diz. Fidélis informa que
se assusta quando escuta barulho de trovões.
“Ficamos
com medo com qualquer barulho, quando vemos que vai chover forte e tem
muito vento, temos que levar nosso colchão para a parte mais firme da
casa, pois temos medo que tudo caia em cima da gente”, cita.
Da
mesma forma, o morador da Avenida Alexandre Murara, no bairro São Luiz,
José Araújo pede ajuda para refazer sua residência que também alega
estar caindo. José mora com o filho e conta que após o período de chuvas
a casa ficou ainda mais danificada.
“Já
não temos banheiro, usamos patente, agora com a chuva as telhas
quebraram, está tudo molhando, não temos água encanada e estamos
aguardando uma solução”, conclui.
Segundo
o prefeito José Valdori Hemkemaier, há um projeto realizado pelo
município, onde a prefeitura paga toda a mão de obra para reforma e
construção de casa e o morador paga apenas o material.
“Estamos
disponibilizando carpinteiros e pedreiros da secretaria de obras para
este trabalho, basta o morador vir até a secretaria de assistência
social, preencher seu cadastro e aguardar seu protocolo de atendimento, a
ordem de chegada é que vai definir quando a casa receberá os
profissionais”, informa.
Além
disso, Durica deixa claro que está tramitando projeto em parceria com a
COHAB, onde é feito um cadastro da família, através da secretaria e ele
pode receber a quantia de R$ 5 mil para reforma, ou R$ 10 mil para
construção, não havendo custo algum para a família.
Desde
o dia 1º estarão abertas as inscrições para casa nova e até esta
sexta-feira, 25, para reformas. Maiores informações podem ser
conseguidas na secretaria de assistência social, que pede que os
moradores acompanhem seus processos até a conclusão, pois a falta de
documentos pode atrapalhar os trâmites para a aquisição dos recursos.
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